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terça-feira, 28 de agosto de 2012

Organizações Sociais fazem campanha contra a troca de voto por água no semiárido


Brasília - “Quem pede voto em troca de água não merece nossa confiança” é o slogan usado por representantes de movimentos sociais para alertar a população do Semiárido a não aceitar o uso eleitoreiro da água e a denunciar a negociação de votos em troca de benefícios durante a campanha para as eleições municipais deste ano.

Intitulada Não Troque Seu Voto por Água. A Água É Um Direito Seu!, a campanha foi lançada este mês pela Articulação no Semiárido Brasileiro (ASA), rede formada por mil organizações da sociedade civil que atuam nos estados do Nordeste e em Minas Gerais. Com inserções em rádios locais e comunitárias, além de panfletos e cartilhas, a mobilização tem o objetivo de conscientizar, principalmente, pequenos agricultores.

O coordenador da ASA, Naidison Batista, enfatizou que no momento em que o Semiárido enfrenta a pior seca dos últimos 30 anos, há políticos que aproveitam as medidas de socorro às vítimas da estiagem, como o fornecimento de carros-pipa e a distribuição de alimentos e de sementes com recursos públicos, para se manter no poder.

“Quando há seca, é comum haver a prática de compra de votos, porque nessas ocasiões principalmente os agricultores mais pobres estão muito fragilizados. Eles têm pouca alimentação para seus animais, para sua família e pouca água. Quando procuram os representantes do poder público para acessar programas de assistência social, é comum ouvirem pessoas dizendo que vão levar água ou alimento, mas que têm que votar no candidato que estão indicando”, afirmou.

Naidison Batista ressaltou que os programas de transferência de renda, como o Bolsa Família, ajudam a reduzir a incidência dessa prática, já que as famílias ampliam sua capacidade de compra de produtos da cesta básica e de água. “Mesmo assim, essas situações ainda são frequentes”, lamentou.

O coordenador da organização não governamental lembrou que oferecer benefícios em troca de voto é crime, conforme previsto na Lei 9.840/99, conhecida como Lei de Combate à Corrupção Eleitoral.

“Queremos estimular a mentalidade da cidadania, a consciência de que não podemos vender nosso voto por nada. E se houver tentativa de compra da nossa escolha é preciso denunciar ao Tribunal Regional Eleitoral dos estados, ao Ministério Público Estadual e até a OAB [Ordem dos Advogados do Brasil]”, alertou.
Thais Leitão/Agência Brasil

2 comentários:

  1. Isso é vergonhoso e um fato corriqueiro por regiões próximas onde moramos, graças a Deus que não fomos tão afetados pela seca já que nossa região aqui é rica em postos artesianos e abastece cidades da redondeza até, mas é fato o que a publicação acima menciona e, além de uma vergonha sem medidas uma falta de caráter extremos por parte dos candidatos aos cargos políticos, nos revoltamos ao lermos notícias do tipo, mas a verdade deve ser dita...

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  2. Anônimo8/30/2012

    Olha aí Raimundão pensa bem,eu,tu e todos nós sem água.

    Se não estou equivocado a ASA,teve ou tem convênio com o governo federal para construção de mais de um milhão de cisternas no semiárido nordestino.

    Em nosso município aconteceram várias construções desse equipamento super importante,e mais precisamente agora começa a gerar algumas divergências pois o ministério da integração que tem à frente um pernambucano, propôs além de construção de cisternas de placas, também a aquisição de cisternas de fibra de vidro ou plástico, nesse último caso algumas criticas pois as mesmas têm um custo bem mais elevado, porem muito mais higiênicas,além disso muito mais eficazes em função da sua durabilidade, ainda mais sem correr o risco de rachaduras e consequentemente a danificação do equipamento.

    Nossa terrinha tem mais de 2.700 propriedades rurais,mas os dados se forem levantados, nós ultrapassamos mais de 3.000 cisternas em nosso município.

    Muitas foram as proposições para que essas cisternas rurais construídas seja lá qual fosse o programa de implantação,que elas poderiam e deveriam fazer parte de um programa criado para a manutenção do abastecimento ininterrupto através do ministério da saúde, os recursos seriam carimbados e a obrigatoriedade do gestor público de mantê-las abastecidas do líquido precioso.

    Porque defendemos tal implementação por vários motivos. O primeiro por ser um programa de saúde básica fundamental, segundo dados da OMS mais de 60% (sessenta por cento) das doenças são aeroviárias,segundo preservaríamos os reservatórios(cisternas)devidamente protegidos de rachaduras e consequentemente da inutilização, terceiro protegeríamos os investimentos feitos, pois o pior dos problemas é a conservação dos próprios públicos. Construir é fácil, conservar o patrimônio e fazê-lo funcionar é o grande gargalho das administrações públicas desse país.

    A grande alegação dos gestores públicos é de não terem recursos para implementar esse grande e essencial projeto de manter abastecida as cisternas existentes.

    Onde quer que se faça encontros, reuniões,seminários,e etc.,não definem nada a esse respeito,talvez os coronéis da seca não queiram isso ou os próprios politiqueiros também não o queiram,pois aí não fluirão os votos da subserviência e de cabresto, adquiridos com a miséria e sofrimento de nossos agricultores rurais do semiárido nordestino.

    Se todos quiserem aplicar 18% em saúde, sem corrução claro,do orçamento arrecado em cada município, seria suficiente para resolvermos os grandes problemas de saúde.

    Raimundão,se para exemplo em nossa terrinha assim fosse feito tu e eu estaríamos dentro do espectro de primeiro mundo, assim vejamos:
    numa postagem sua a respeito do orçamento (loa 2013)os valores foram se não me engano mais de R$. 50.000.000,00, se efetivamente arrecadarmos R$ 45.000.000,00, teríamos + ou - R$. 5.000.000,00 para aplicarmos em saúde, porem indiretamente teríamos muito mais se as cisternas fossem mantidas abastecidas com água mineral da nossa vizinha Garanhuns,estaríamos fazendo saúde preventiva diminuindo consideravelmente nosso gastos com medicamentos.

    Raimundão veja a dificuldade de resolvermos esse problema, para fazer a merenda nas escolas públicas é mantido um ou dois toneis de 200 0u 220 litros de água trancados para que não levem.

    Diante de todos esses horrores, só falta gestão e transparência aos executivos na aplicabilidade dos recursos,na proposição de políticas públicas com projetos inovadores e eficazes, não faltam nos ministérios recursos, o que falta são bons projetos.

    Em nosso município Raimundão temos bastantes condições de sermos no agreste um dos maiores em recursos hidrográficos acumulados,basta que tenhamos um planejamento das bacias.



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