Em Pernambuco, Lula participou da assinatura da ordem de serviço, no valor de R$ 491,3 milhões, para duplicar a capacidade de bombeamento de água em todo o Eixo Norte do Projeto de Integração do São Francisco (PISF), na estação de bombeamento intermunicipal EBI3, no Ramal do Salgado. A obra amplia a capacidade de 24,75 m³/s para 49 m³/s, e beneficia 237 municípios e cerca de 8,1 milhões de pessoas nos estados de Pernambuco, Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte.
Foi anunciada também, ainda durante a cerimônia em Salgueiro (PE), a abertura de chamada pública com orçamento de R$ 10 bilhões para selecionar planos de negócios com investimentos estratégicos para o desenvolvimento econômico e social da Região Nordeste.
O presidente Lula afirmou que, toda vez que visita o Nordeste para inaugurar obras, sente uma sensação de projeto concluído, de uma graça atendida. “Essa obra que estamos fazendo aqui não é uma invenção do Lula, é um desejo do Imperador Dom Pedro II, desde 1846. Se a gente for contar quantos anos se passaram desde 1846, são 179 anos em que se pensa em fazer a Transposição do Rio São Francisco. E por que se pensava em fazê-la? Era para fazer uma coisa simples e sagrada: o objetivo de dar aquilo que Deus dá a todo mundo, que é um copo de água para beber para 12 milhões de pessoas que viviam no Semi-Árido brasileiro. Era apenas isso”, sintetizou Lula.
“E por que eu tomei a decisão de fazer as obras? É porque eu sei o que é ir para um açude sujo pegar água para beber. Eu sei o que é colocar uma água em um pote para assentar, para não tomar ela com caramujo ou com fezes de cabrito, de cachorro, de gato, de cavalo. Eu sei o que é isso. Eu sei o que é tomar água sem tratar, sequer sem filtrar. Então, quando eu cheguei à Presidência da República, eu tinha na mente aquela imagem de gente sofrendo, andando léguas para pegar um pote de água. Eu falei que tínhamos que resolver aquele problema”, pontuou o presidente.
CAMINHO DAS ÁGUAS — A transposição do Rio São Francisco é considerada a maior obra de infraestrutura hídrica do Brasil e da América Latina. Foi idealizada e iniciada no governo do presidente Lula, com a meta de beneficiar 12 milhões de pessoas em 390 municípios e 294 comunidades rurais. O investimento é superior a R$ 8,2 bilhões. O projeto foi oficialmente lançado em junho de 2007, após décadas de debates sobre a necessidade de levar as águas do "Velho Chico" para regiões historicamente castigadas pela escassez de água. Foram iniciadas as principais frentes de trabalho nos dois grandes eixos — Norte e Leste —, consolidando sua autoria e compromisso com o desenvolvimento social e econômico do semiárido nordestino.
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