No Brasil, esse quadro vem se agravando há algumas décadas. Em 2000, 5% das crianças e adolescentes eram obesos, contra 4% afetados pela desnutrição. Em 2022, o índice de obesidade triplicou para 15%, enquanto a desnutrição caiu para 3%. O sobrepeso também aumentou significativamente, passando de 18% para 36% dessa população. Hoje, estima-se que 6,4 milhões de crianças brasileiras tenham excesso de peso e 3,1 milhões já evoluíram para obesidade.
De acordo com o Unicef, essa realidade não está relacionada apenas a escolhas individuais, mas sim a “ambientes alimentares prejudiciais”, marcados pelo fácil acesso e incentivo ao consumo de alimentos ultraprocessados e fast foods, ricos em açúcar, amido refinado, sal, gorduras não saudáveis e aditivos. A pandemia de Covid-19 também agravou o problema, contribuindo para o sedentarismo e mudanças negativas nos hábitos alimentares das famílias.
Causas e riscos da obesidade infantil
A obesidade infantil é resultado de uma combinação de fatores genéticos, comportamentais e ambientais, que atuam em diferentes contextos: familiar, escolar e social. Há ainda fatores que podem surgir durante a gestação, como nutrição inadequada da mãe, excesso de peso, curta duração do aleitamento materno e introdução incorreta de alimentos.
Crianças com obesidade estão mais propensas a desenvolver doenças nas articulações e ossos, diabetes e doenças cardíacas. Por isso, especialistas reforçam que a introdução alimentar deve ocorrer a partir dos seis meses, após o período de aleitamento materno exclusivo, e com alimentos naturais e balanceados.
O papel das famílias e cuidadores
Para prevenir a obesidade infantil, é fundamental retirar do dia a dia os salgadinhos, refrigerantes e biscoitos recheados, e dar mais espaço aos alimentos tradicionais e nutritivos, como arroz, feijão, legumes e frutas. O acesso à informação é essencial para que famílias, profissionais de saúde e cuidadores possam promover escolhas mais saudáveis.
Além disso, pequenas atitudes no cotidiano fazem grande diferença:
• Estabelecer horários fixos para as refeições.
• Evitar usar doces como recompensa.
• Oferecer alimentos de diferentes formas e preparos.
• Envolver as crianças nas refeições familiares.
• Estimular o consumo de frutas, verduras e legumes.
• Evitar o consumo de doces fora do horário estipulado.
E o mais importante: dar o exemplo. Os hábitos alimentares das crianças são fortemente influenciados pelas práticas dos adultos ao redor.
Benefícios de uma alimentação saudável na infância
• Desenvolvimento físico e cognitivo adequado
• Proteção contra doenças
• Fortalecimento do sistema imunológico
• Mais energia para brincar e aprender
• Criação de hábitos saudáveis para a vida toda
Promover uma alimentação equilibrada desde cedo é investir no futuro da saúde das nossas crianças. A conscientização e o exemplo dentro de casa são os primeiros passos para reverter esse cenário preocupante e garantir uma infância mais saudável e feliz.
Este material foi desenvolvido pelos alunos do 2° período do curso de Gestão de Marketing e Mídias Digitais, da Autarquia do Ensino Superior de Garanhuns (AESGA), com o objetivo de exercitar a produção de conteúdo jornalístico voltado à imprensa e à conscientização social, como parte da atividade prática da disciplina de Comportamento do Consumidor.
Estudantes:
* Adauto Matos
* Andreilson Silva
* Eloane Lima
* João Alexandre
* Laura Alencar
Professora orientadora: Thayse Padilha
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