A seca é um dos grandes problemas enfrentados pelos Municípios no Brasil. No Nordeste, a região que mais sofre com a situação, a seca já foi declarada como a pior dos últimos cem anos. Levantamento de 2016 já apontava que a falta de água afetava mais de 25 milhões de pessoas e a situação tem se tornado mais crítica a cada ano. O cenário de racionamento de água e utilização de carros-pipas para o abastecimento, antes uma situação predominantemente relatada em Municípios pequenos e situados no interior do Brasil, atinge atualmente capitais e o Distrito Federal.
De acordo com a Agência Nacional de Águas (ANA), dos 533 reservatórios do Nordeste, 142 estão secos. Grandes reservatórios da região, que possuem potencial de armazenar mais de 10 bilhões de litros de água – operam, em média, com 16,3% da capacidade, porcentual que era de 46,3% há cinco anos.
Impactos
A Confederação Nacional de Municípios (CNM) vem alertando sobre os impactos decorrentes da seca nos Municípios brasileiros, especialmente na região Nordeste. A entidade destaca que, em um período de três anos, entre 2012 e 2015, o Nordeste registrou prejuízos de R$ 104 bilhões com a seca, valor que representa 70% do total estimado para o país.
O estudo Prejuízos Causados por Desastres Naturais – 2012 a 2015, com base nos dados do Sistema Integrado de Informações sobre Desastres (S2ID), está disponível para acesso no hotsite Observatório dos Desastres. O levantamento foi divulgado em maio de 2016 e visa a chamar atenção do poder público para a gravidade dos desastres naturais no Brasil.
Capital federal
O Distrito Federal começa, na próxima semana, racionamento de água por tempo indeterminado. Será feito um rodízio entre as regiões abastecidas pelo reservatório do Descoberto, que abastece cerca de 60% dos imóveis do DF. As demais regiões do DF, que são abastecidas pelo reservatório de Santa Maria e por córregos, sofrerão redução na pressão dos canos.
Agência CNM