Nesta terça-feira, 11/09/2018, o PT anunciou oficialmente que Fernando Haddad é o candidato do partido à presidência da República. O anuncio foi feito pela presidente do partido, senadora Gleisi Hoffmann (PR); em seguida, o advogado Luiz Eduardo Greenhalgh, amigo de Lula e um dos fundadores do PT, leu uma carta escrita pelo ex-presidente, em que ele pede, "de coração", para que os eleitores que fossem votar nele, votem agora em Haddad.
"Se querem calar nossa voz e derrotar nosso projeto para o País, estão muito enganados. Nós continuamos vivos, no coração e na memória do povo. E o nosso nome agora é Haddad", afirma o ex-presidente. (Confira a integra da carta, clicando aqui!):
NO NORDESTE, HADDAD PASSA DE 5% PARA 13%
A primeira pesquisa realizada pelo Datafolha após o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) negar o registro da candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e, também, depois do ataque a Jair Bolsonaro (PSL), aponta que antes mesmo de ser apresentado como o "nome de Lula", o candidato a vice na chapa do PT, Fernando Haddad, viu suas intenções de voto na Região Nordeste passarem de 5% para 13%. Bolsonaro manteve os mesmos 14% registrados na pesquisa anterior. Ciro Gomes (PDT), que passou de 14% para 20%, lidera a corrida presidencial na Região, enquanto Marina Silva (Rede) despencou de 19% para 11%.
O crescimento de Haddad está diretamente ligado ao potencial de transferência de votos do ex-presidente Lula. Segundo a rodada anterior da pesquisa Datafolha, quando o nome de Lula constava dos questionários, ele registrava 59% das intenções de votos dos eleitores nordestinos.
Dentro da estratégia de ligar Haddad a Lula na Região, onde tradicionalmente o PT é mais forte, o Partido dos Trabalhadores se adiantou a possibilidade da cassação do registro da candidatura Lula e colocou Haddad como o "nome escolhido pelo Lula" para disputar a eleição, o que explica em grande parte a transferência de votos para "Andrade", como o ex-prefeito ficou conhecido na Região.
Ainda segundo o Datafolha, o presidencial Geraldo Alckmin (PSDB) passou de 5% para 7%. Já Álvaro Dias (Podemos) recuou de 2% para 1%. O ex-ministro Henrique Meirelles subiu de 1% para 2%. Os presidenciáveis Guilherme Boulos (PSOL), Vera Lúcia (PSTU), Cabo Daciolo (Patriota) e João Amoêdo se mantiverem estáveis em relação ao levantamento anterior, com 1%. José Maria Eymael (DC) e João Goulart Filho (PPL) não pontuaram. Os votos brancos e nulos recuaram de 28% para 18% e os que não souberam ou não responderam ao levantamento passaram de de 6% para 9%.
A pesquisa Datafolha, encomendada pela TV Globo e pelo jornal Folha de S. Paulo, tem margem de erro de dois pontos porcentuais e nível de confiança de 95%. Foram ouvidos 2.804 eleitores nesta segunda-feira (10) em 197 municípios de todo o país. A pesquisa foi registrada no TSE com o número BR-02376/2018.