A maioria dos modelos de previsão climática indica uma maior probabilidade de que as chuvas sejam abaixo do esperado para todo o Estado de Pernambuco no próximo trimestre (fevereiro, abril e maio). Em reunião realizada na quinta-feira (24), em Fortaleza (CE), com a participação de representantes dos Centros Estaduais de Meteorologia, do Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC) e do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), foram discutidos o comportamento da atmosfera e dos oceanos nos três últimos meses e também as condições futuras para o trimestre fevereiro, março e abril deste ano (FMA-2013).
Segundo os meteorologistas, o aquecimento anômalo da região do Oceano Atlântico Norte tende a manter a Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) ao norte de sua posição climatológica, reduzindo as chuvas no norte da Região Nordeste do Brasil no início do próximo ano. A ZCIT é o principal sistema responsável pela qualidade das chuvas nessa região.
Nesse contexto, o coordenador técnico da Unidade de Meteorologia do Instituto de Tecnologia de Pernambuco (Lamep-Itep), Wanderson Santos, explica que a maioria dos modelos de previsão climática continua indicando uma maior probabilidade de que as chuvas sejam abaixo do esperado para todo o Estado de Pernambuco no próximo trimestre, FMA-2013, com as seguintes distribuições de probabilidades: na categoria abaixo da média climatológica (45%), na categoria normal (35%) e na categoria acima da normal (20%) para o setor oeste do Estado e na categoria abaixo da média climatológica (40%), na categoria normal (35%) e na categoria acima da normal (25%) para o setor leste. As previsões de temperaturas indicam maior probabilidade de serem de normal a um pouco acima da média climatológica para todo o Estado de Pernambuco.
Chuvas no Estado
De acordo com os meteorologistas do Lamep-Itep, a precipitação pluviométrica dos primeiros dias de 2013, no Estado de Pernambuco, foi caracterizada pela ocorrência de chuvas irregulares tanto espacialmente, quanto no tempo. No Sertão, as maiores contribuições da precipitação foram observadas nas microrregiões de Araripina e Itaparica, chegando a valores maiores do que 100 mm em menos de 24 horas em Tacaratu e Exu. Das microrregiões do Sertão apenas a de Araripina ficou acima da média para o mês de janeiro, com 88% das chuvas esperadas.
Nas mesorregiões do Agreste, Zona da Mata e Litoral, as contribuições de precipitação para o total mensal não chegaram a 40% do esperado. Com isso, algumas barragens tiveram um aumento em seu volume de água: Arrodeio, Boa Vista e Sítio dos Moreiras, localizadas respectivamente, em São José do Belmonte, Salgueiro e Moreilândia. Esta última subiu 2,03 metros no nível da água.
Divulgação: Governo do Estado