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quarta-feira, 20 de março de 2013

Mototaxista e sua esposa foram assassinados em Capoeiras


O Mototaxista José Claudio da Silva, conhecido “Fumo”, 38 anos, e sua esposa Jussara Claudia da Silva, 21 anos, foram mortos a tiros na madrugada de segunda-feira para terça-feira. Segundo informações da polícia, publicadas pelo site NE10, dois homens invadiram a casa na Rua José Praxedes, onde o casal morava, e dispararam vários tiros contra eles. José Claudio faleceu na local do crime, sua esposa Jussara chegou a ser socorrida, mas faleceu logo após dar entrada no hospital.

Os corpos das vitimas então sendo velados nas casas de seus familiares, na COHAB, e os sepultamentos ocorrerão na tarde desta quarta-feira (20), no cemitério de Capoeiras.

A polícia realizou buscas, mas nenhum suspeito foi detido.

Foto do casal compartilhada por Lindemberg Moraes, no Facebook. 

Banda Os Velhos Jovens, sábado no Tekilla's


Mulheres não pagam para entrar!

Artistas pernambucanos apresentam manifesto contra a instalação de usinas nucleares


MANIFESTO DOS ARTISTAS PERNAMBUCANOS CONTRA A INSTALAÇÃO DE USINAS NUCLEARES 

Nós artistas, mas antes de tudo cidadãos e cidadãs, acreditamos que a arte não pode estar descolada da realidade. Os problemas sociais, ambientais, políticos e econômicos, constantemente nos desafiam a pensar e agir como indivíduos inseridos no ambiente e reagindo a ele.  Portanto desejamos através desta ação coletiva colaborar com a reflexão, discussão e desenvolvimento da consciência sobre os problemas e riscos desta política de energia em andamento. Por isso, faremos o esforço necessário para que não sejam instaladas usinas nucleares em nosso País, sem a ampla discussão sobre os reais impactos ambientais, sociais e econômicos que a instalação de tais usinas causariam em Pernambuco, no Nordeste e no Brasil. Somos contra a instalação das usinas e queremos abrir o debate expressando os motivos da nossa opinião através deste manifesto.

A partir da tomada de uma maior consciência dos problemas da opção nuclear com o acidente ocorrido em Fukushima, no Japão, em 11 de março de 2011, consideramos que:

- o Brasil não precisa de usinas nucleares para atender as suas necessidades de energia elétrica;

- possuímos outras alternativas mais limpas e seguras para produzir energia elétrica, sem correr os riscos que oferecem as usinas nucleares, e em particular, o Nordeste brasileiro é abundante em fontes de energia como o Sol e o vento;

- a instalação de usinas nucleares utilizando as águas do Rio São Francisco seria mais um descalabro ao povo sertanejo;

- ninguém tem o direito de impor aos brasileiros esses riscos e as consequências de possíveis acidentes nucleares;

- ninguém tem o direito de deixar para as gerações futuras o pesadelo do lixo nuclear, que continua radioativo por milhares de anos.

- a decisão de construir usinas nucleares no Brasil foi antidemocrática. A população em geral e os vizinhos dos reatores em particular,  não tiveram oportunidade de manifestar-se.
Recife, 11 de março de 2013

Sinsenug regional analisa projeto que cria o IPSG, e reuni-se com vereadores de Garanhuns

Haroldo, Audálio e Luciano

O Presidente do SINSEMUG/REGIONAL; Luciano Florêncio, reuniu-se com seus colaboradores nesta terça-feira (19), onde analisaram o projeto de lei que reestrutura o Instituto de Previdência dos Servidores Públicos do Município de Garanhuns – IPSG, enviado a Câmara de vereadores. Ficou acertado apresentar denuncia ao Ministerio Público, solicitando averiguação de alguns pontos do Projeto que são prejudiciais aos servidores.

O Presidente do SINSEMUG participou da 8ª Reunião Ordinária do 1º Período Legislativo da Câmara Municipal de Garanhuns, realizada nesta terça-feira (19), onde foram apresentados pareceres favoráveis ao Projeto de Lei que Cria o Fundo Municipal do Idoso; e que Cria o Fundo de Desenvolvimento Municipal. Na sessão a Mesa Diretora da Casa apresentou projeto de Lei que fixa o Piso Salarial Mínimo dos Servidores da Câmara Municipal de Garanhuns. 

Na oportunidade, o presidente do SINSEMUG Luciano Florêncio, o presidente da Câmara Municipal, Audálio Ramos Machado Filho e o Vereador Haroldo Vicente trataram de assuntos referentes ao projeto de Lei enviado pelo Prefeito do Município, que trata da reestrutura do Instituto de Previdência dos Servidores de Garanhuns – IPSG e Aumento dos Servidores do Município de Garanhuns. ficou marcada uma reunião para o dia 25 de março as 10:00 horas na Sala das Comissões entre representantes do SINSEMUG/REGIONAL e Vereadores da Comissão de Justiça e Orçamento da Câmara Municipal de Garanhuns.

Garanhuns, Secretaria de Saúde realiza Semana Mais Mulher


Ações educativas começam amanhã e seguem até o dia 26 deste mês

Praça do relógio das flores
Dando continuidade à programação do Mês da Mulher, começa nesta terça-feira (20) mais uma semana de atividades e atendimentos voltados às mulheres garanhuenses. As equipes das Unidades de Saúde da Família estarão engajadas durante cinco dias na prestação dos serviços.

Hoje o dia vai ser dedicado à prevenção do câncer de útero. Será realizada a coleta do exame de citologia oncótica (Papanicolau) e palestras educativas.

No dia 21, a abordagem especial será planejamento familiar, doenças sexualmente transmissíveis. Ainda na programação, palestras educativas, vacinação, distribuição de camisinhas e métodos contraceptivos serão distribuídos.

Já na sexta-feira, o atendimento multiprofissional é para as gestantes. O público vai receber palestras sobre gravidez, parto e puerpério. Elas terão atendimento bucal exclusivo.

Segunda-feira (25), os encontros debaterão as formas de combate da violência contra a mulher. A população em geral e os casais podem participar. Para encerrar, na terça-feira (26), solicitações de mamografias, exames das mamas e palestras voltadas ao climatério (menopausa). O público-alvo são mulheres de 40 anos acima.

O secretário de Saúde, Harley Daivdson, afirma que ações como esta fazem com que haja maior aproximação com a população. “Nossa meta é conseguir conscientizar as mulheres. É preciso ajudar nas prevenções e fazer com que elas se cuidem, afinal, a saúde é base para qualidade de vida”, disse. 

terça-feira, 19 de março de 2013

Seca em Capoeiras é tema de reportagem no Portal G1, da Globo

Chuva no dia de São José é esperança para 9 cidades vítimas da seca em PE. 
G1 viajou 1,4 mil km e viu falta de água, criações dizimadas e desemprego. 
Se não chover no dia do santo, nesta terça, estiagem será severa, diz crença.

Açude de Capoeiras. Foto: Luna Markman/G1
A crença católica diz que se chover até o Dia de São José, celebrado nesta terça-feira (19), a safra vai ser boa. Quinze cidades pernambucanas que têm o santo como padroeiro estão em situação de emergência por causa da longa estiagem, mas os agricultores aguardam ansiosamente pela chuva, que não cai em bom volume há muito tempo. Os primeiros decretos municipais de calamidade foram reconhecidos pelo Ministério da Integração em março de 2012. A seca atinge 132.750 mil pessoas nesses 15 municípios, segundo a Comissão de Defesa Civil de Pernambuco (Codecipe), a maior parte vivendo nas zonas rurais.

O G1 rodou 1,4 mil quilômetros, cortando nove localidades do Sertão, Agreste e Mata Norte do estado, e acompanhou o sofrimento de vários devotos a São José. Em Capoeiras, a seca afetou 100% da população - são 19 mil habitantes e ninguém mais consegue plantar. Na cidade, 70% do rebanho foi perdido.

Fé x previsão do tempo

Em várias tradições religiosas, trabalhadores da terra desenvolveram mitos, ritos e louvores a deuses e santos para conseguir boas colheitas e, consequentemente, alimento para os animais, como explica o professor de teologia da Universidade Católica de Pernambuco, Artur Peregrino. “Colocado no calendário romano no século 15, o dia 19 de março é de súplica por chuva a São José, na tradição católica", explica. Segundo o estudioso, José, pai de Jesus Cristo, era carpinteiro, mas acredita-se que em épocas de plantio e colheita ele também trabalhava na agricultura. "A gente pode presumir que, por marcar a chegada de um período mais chuvoso, o dia 19 foi simbolicamente escolhido para celebrar o santo, que virou patrono dos agricultores e declarado pelo papa Bento XV como patrono da justiça social", informa o estudioso.

A climatologia explica o porquê dos céus mais cinzentos em março. É neste mês que ocorre o equinócio, marcando o ponto da órbita da Terra em que o dia e a noite têm a mesma duração. É a transição do verão para o outono, no Brasil e, como nos últimos cinco anos, o fenômeno acontecerá nesta quarta-feira (20). "Neste período, espera-se que as chuvas se intensifiquem devido à Zona de Convergência Intertropical estar mais situada ao sul, entre outros fatores", explica o metereologista Vinícius Gomes, da Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac).

Capoeiras: Festa cancelada e 100% da população prejudicada

Por causa dos efeitos da estiagem e da previsão do tempo nada otimista, a Prefeitura de Capoeiras, no Agreste, decidiu cancelar a programação profana da festa de São José. "Os R$ 300 mil que seriam usados para pagar bandas e montar toda a infraestrutura agora servirão para doar cestas básicas e água mineral a pelo menos três mil famílias cadastradas, além da contratação de carros-pipa, recuperação de poços artesianos e limpeza de cacimbas [espécie de poço] de minação", afirma o secretário municipal de Administração, Gildo Marques.

Segundo a Codecipe, a seca afetou 100% da população de Capoeiras, que tem 19 mil habitantes. Ninguém mais consegue plantar e 70% do rebanho foi perdido. A cidade tinha a maior feira de gado do Agreste Meridional. O maior açude da cidade, o Gurjão, que também abastece parte de São Bento do Una e Caetés, está com 21% da capacidade. A água é encanada pela Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) e chega nas casas da zona urbana a cada 72 horas.

Ao todo, 18 carros-pipa levam água de fontes de Garanhuns para a zona rural de Capoeiras. "Atualmente, há também 22 poços, sendo cinco recentemente recuperados. O governo estadual prometeu perfurar mais cinco e construir quatro barragens de médio porte. Vamos esperar por essa ajuda", informa o secretário. Sem trabalho no campo, agricultores e criadores batalham empregos na cidade. "Só nesses três primeiros meses do ano, cerca de 800 pessoas vieram aqui na prefeitura pedindo trabalho. Conseguimos contratar uns cem", complementa Marques.

Morador do Sítio Mimosos, Jadiel Mariano conseguiu uma vaga na Secretaria Municipal de Educação como entregador de merenda. "Agora, vou ganhar um salário mínimo. Quando muito, estava 'tirando' só R$ 90 por semana nos roçados. Vai dar para fazer a feira, comprar água, mandar dinheiro para minha filha em São Paulo", enumera.

Já Maria Milda Gueiros ainda espera uma chance. No Sítio Cascavel, a 21 km do centro de Capoeiras, ela mantém marido e dois filhos com o leite que vende de dez vacas "magrinhas" e R$ 184 do Bolsa Família. "Vim aqui na Prefeitura topando o que vier, posso varrer rua, qualquer coisa. Estamos vivendo ‘imprensado' demais", comenta.

Desemprego generalizado
Um dos resultados mais evidentes da seca é o aumento do desemprego no campo, que o G1 constatou em várias cidades visitadas, além de Capoeiras. 
Leia a reportagem completa e veja as fotosClicando Aqui

Em Capoeiras homem foi assassinado e sua esposa baleada


Em Capoeira, a polícia continua nesta terça (19) as buscas para prender os dois acusados de matar um homem  no centro da cidade. Segundo a polícia, José Cláudio da Silva, 38 anos, estava na casa onde morava, quando dois homens invadiram o local e dispararam vários tiros contra ele. A esposa da vítima, que Jussara Claudia da Silva, 21 anos, também foi atingida. Após a ação, os acusados fugiram. José Cláudio morreu no local e a esposa dele foi socorrida para o Hospital Regional Dom Moura, em Garanhuns. Na madrugada desta terça ela foi transferida para o Hospital Regional em Caruaru, onde permanece internada em estado grave. A polícia realizou buscas, mas nenhum suspeito foi detido. A motivação do crime ainda é desconhecida.
NE10

Eduardo Campos e as lições do avô Miguel Arraes


Saul Leblon - Carta Maior

Traição e coerência: lições do avô ao neto

Imediatamente após o golpe 1964, os militares tentaram cooptar grandes nomes da política brasileira, cuja credibilidade pudesse mitigar a violência cometida contra a democracia. 

Ao então governador de Pernambuco, Miguel Arraes, avô do atual ocupante do cargo, Eduardo Campos, foi dada a opção seca: adesão com renúncia 'espontânea', ou prisão. 

Cercado no Palácio das Princesas, o sertanejo Miguel Arraes honrou a fibra que lhe dera fama.

'Não vou trair a vontade dos que me elegeram', mandou dizer aos emissários do Exército. 

Foi preso imediatamente. Sobral Pinto, famoso jurista da época, conseguiu-lhe um habeas corpus, cujo relator foi Evandro Lins e Silva.

Em 1965, Arraes exilou-se na Argélia. Em 1967 foi condenado à revelia: 23 anos de prisão. 

Voltou ao país com a abertura, em 1979. A coerência que o transformara em legenda, impulsionou a retomada da carreira política. 

Arraes elegeu-se governador de Pernabuco mais duas vezes, em 1986 e 1994. 

Outro exemplo de retidão sertaneja foi o paraibano de Pombal, Celso Furtado. 

Decano dos economistas brasileiros, Furtado dirigia a Sudene, em Recife. 

No dia do golpe, esvaziava gavetas quando teve a sala invadida por um grupo de oficiais de alta patente. 

A exemplo de Arraes, foi chantageado pelos que buscavam aliados vistosos. 

Sua resposta não foi menos enfática: 

'Sou um servidor da República, não me peçam para trair minha pátria', disparou sobre seus interlocutores envergonhando-os. Consta que deixou o edifício da Sudene dirigindo o próprio carro. 

Cassado, Furtado exilou-se na França, onde viveu de suas aulas. Até hoje não foi anistiado, embora tenha sido incluído na primeira lista de cassados da ditadura. Tampouco se tem notícia de que seus familiares receberam qualquer indenização do Estado brasileiro. 

O governador Eduardo Campos conhece essas histórias, conviveu com seus personagens. 

O governador tem recebido emissários frequentes das mesmas forças e interesses que em 1964 acossaram seu avô, perseguiram e jogaram no ostracismo reservas intelectuais e morais da Nação, a exemplo de Furtado. 

O governador deve em boa parte a carreira política aos que souberam dizer não aos emissários da traição e do golpismo. 

A ver. 

Capoeiras recebe três novos ônibus escolares

Imagem ilustrativa do Google

Nesta segunda-feira (18), a prefeitura de Capoeiras apresentou a população três novos ônibus escolares que reforçarão o transporte dos estudantes no município. E segundo a prefeitura, até o próximo mês de abril deverão chegar mais seis ônibus, perfazendo o total de nove. Adquiridos com recursos do Fundo Nacional de desenvolvimento Estudantil (FNDE), programa do Governo Federal que visa renovar a frota de carros do transporte escolar no país. 

Os novos veículos, um ônibus e dois micro-ônibus serão usados para transportar os estudantes residentes na zona rural até a cidade de Capoeiras. 

Segundo a prefeita Neide Reino, nos próximos dias, além de mais seis ônibus, Capoeiras também estará recebendo veículos novos adquiridos com recursos próprios, que renovarão a frota municipal que se encontra sucateada. A prefeitura enviou projeto à Câmara de Vereadores pedindo autorização para vender através de leilão 13 veículos que estão sucateados.

Nesses dois meses da atual Gestão Municipal, Capoeiras já foi contemplado com uma unidade do SAMU e uma maquina patrol, além dos três ônibus.

19 de março, dia de São José

São José padroeiros dos católicos capoeirenses, Rogai por nós!

segunda-feira, 18 de março de 2013

Merece Registro, 18.03.2013



  • Nesta terça-feira (19), dia de São José é feriado municipal em Capoeiras. A festa em honra ao padroeiro dos capoeirenses começou no dia 14, e termina amanhã, dia 19, com a procissão da bandeira. 



  • O padrinho da Festa de São José para o ano de 2014, em capoeiras, será o Dr. Itaupã de Vasconcelos Sobral Filho e sua esposa a Drª. Lucia de Fátima Santana Sobral. Ele é Promotor de Justiça, ela, advogada; residem na cidade de Garanhuns.



  • Ô bode bom! Eu, Sulipa, Raildo Santino, Ernandes Oliveira e Luiz Farias, na última semana estivemos na cidade de Venturosa. Almoçamos um delicioso bode assado na brasa.



  • Parabéns! Aniversariando esta semana os amigos: Marília Michele, dia 18; o jornalista Roberto Almeida, dia 19; a vereadora Carla Rodrigues, dia 20; Selma Maria e selly Edny, dia 24. Felicidades a todos! E que Deus os ilumine!



  • O blog do publicitário Marcelo Jorge é o mais novo parceiro do blog Capoeiras. O link, você encontra na minha lista de blogs, aqui ao lado.



  • Inusitado! Doaram um caixão de defunto a São José. A paróquia de São José realizou neste domingo em Capoeiras, o leilão do que foi ofertado pelos paroquianos. Entre as doações leiloadas, estava o serviço funerário: caixão de defunto, mortalha e até a maquiagem para deixar o finado mais bonito. O proprietário da funerária que fez a doação foi quem acabou arrematando. Nenhuma outra pessoa presente no leilão quis ofertar para comprar o produto. Por que será?



  • Afinados. A prefeita Neide Reino (Capoeiras) e o prefeito Dannilo Godoy (Bom Conselho) soltaram a voz durante o programa Radiola de Ficha, sábado (16), na nossa cidade. Descontraídos, eles cantaram em dupla; no final da apresentação foram muito aplaudidos.


Setembro passou, outubro e novembro, já tamo em dezembro, meu Deus que é de nós.
Sem chuva na terra descamba Janeiro, depois fevereiro, e o mesmo verão. Meu Deus, meu Deus
Apela pra março que é o mês preferido do santo querido, Sinhô São José. Meu Deus, meu Deus.
A triste partida Luiz Gonzaga

Esta coluna é publicada às segundas-feiras. O espaço está aberto à participação de todos: para você parabenizar alguém, registrar um acontecimento, mandar um recado, etc. Atenção: Só serão publicadas as notas enviadas para o e-mail do blog. 

Alcoolismo atinge cerca de 5,8 milhões de pessoas no país


Histórico de consumo abusivo de álcool, síndrome de abstinência e manutenção do uso, mesmo com problemas físicos e sociais relacionados, é o tripé que caracteriza a dependência em álcool, segundo a psiquiatra Ana Cecília Marques, professora da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

O tratamento da doença, que atinge cerca de 5,8 milhões de pessoas no país, segundo o Levantamento Domiciliar sobre o Uso de Drogas Psicotrópicas no Brasil, de 2005, não é fácil: dura pelo menos um ano e meio em sua fase mais intensiva e tem índice de recaída de cerca de 50% nos primeiros 12 meses.

"Ele precisa preencher os três critérios. Um só não basta para se considerar dependente", destaca a psiquiatra. Ela explica que o consumo contínuo e abusivo leva a uma tolerância cada vez maior do usuário à bebida. "O corpo acostuma-se com o [álcool]. Ele resiste mais e, para obter o efeito que tinha no começo com uma lata de cerveja, precisará tomar cinco". A falta do álcool provoca uma série de sintomas graves, como elevação da pressão arterial, tremores, enjoo, vômito e, em alguns pacientes, até mesmo convulsão. Esse é o quadro da síndrome de abstinência.

O terceiro critério para caracterização da dependência alcoólica está ligado aos problemas de relacionamento e de saúde provocados pelo consumo abusivo. "O indivíduo tem problemas no trabalho por causa da bebida. Ele perde o dia de trabalho mas, mesmo assim, bebe de novo". A professora destaca que, além da questão profissional, devem ser considerados diversos aspectos da vida do paciente, como problemas familiares, afetivos, econômicos, entre outros.

Em relação às outras drogas, a psiquiatra informou que o tratamento da dependência de álcool se diferencia principalmente na primeira fase, que dura em média dois meses. "Cada substância tem uma forma de atuar no cérebro, portanto, vai exigir, principalmente na primeira fase do tratamento, diferentes procedimentos farmacológicos para que a gente consiga promover a estabilização do paciente", explica.

De acordo com a médica, o álcool se enquadra na categoria de substâncias psicotrópicas depressoras, juntamente com os inalantes, o clorofórmio, o éter e os calmantes. Há também as drogas estimulantes, como a cocaína, a cafeína e a nicotina, e as perturbadoras do sistema nervoso central, como a maconha e o LSD.
"Na segunda e terceira fases, o tratamento entra em uma etapa mais semelhante, que é quando você vai se aprofundar no diagnóstico e preparar o individuo para não ter recaída", acrescenta.
Agência Brasil

Apagão elétrico, a população merece respeito


Heitor Scalambrini Costa
Professor da Universidade Federal de Pernambuco

Há quase 20 anos vemos uma disputa política entre dois partidos pelo poder. Natural disputa, já que se constitui a própria razão da existência dos partidos políticos. Um dos temas que tornou freqüente nesta peleja é a questão energética.

As criticas eram com relação à visão dos idealizadores da reforma no setor elétrico que com a promulgação da Lei 8987/95, conhecida como a Lei de Concessões de Serviços Públicos, e da Lei Setorial 9047/95, foram estabelecidos os fundamentos básicos do novo modelo elétrico, iniciando assim a abertura do setor à participação dos capitais privados. A partir daí, a energia tornou-se uma mera mercadoria sujeita as leis de mercado. A reestruturação acabou resultando num grande descompromisso do Estado Brasileiro em planejar e investir neste bem estratégico. O resultado foi o fiasco, e a barbeiragem do governo federal em 2001/2002 que ficou conhecido como “apagão”. Na realidade ocorreu o desabastecimento de energia, o racionamento. O partido então no poder, foi criticado severamente (e com toda razão) pelo partido que almejava o poder. Este evento, sem dúvida, contribuiu em muito para a derrota e a alternância  no governo federal.

Os antigos críticos do modelo mercantil, que levou a privatização de 100% das distribuidoras energéticas estaduais, uns 40% da transmissão e quase 30% da geração; chegaram ao poder, mas não cumpriram as promessas de campanha, e simplesmente não alteraram sua essência, vigente até os dias de hoje. Realizaram apenas modificações e adequações do antigo modelo.

Muitas das promessas que justificaram entregar ao setor privado componentes fundamentais do setor elétrico (geração, transmissão, distribuição); como a eficiência na gestão, a melhoria da qualidade dos serviços, a inexistência de novos “apagões”, e a modicidade tarifária, acabaram não se concretizando. Pelo contrário, os serviços prestados tiveram uma queda vertiginosa na qualidade, e ocorreu uma explosão tarifária.

Equívocos sucessivos cometidos nesta área estratégica estão levando ao descrédito o sistema elétrico nacional. A freqüência e a duração das interrupções de energia levaram as autoridades do setor a afirmarem, que as ocorrências destes episódios são “mera coincidência”, “fatalidade”, provocadas por “perturbações atmosféricas”. Enfim, culpabilizam alguém que não pode se defender, o santo São Pedro. E outras baboseiras sem igual. A população não aceita mais esta “conversa para boi dormir”.

Necessário reconhecer que há problemas, e deixar de lado a auto complacência das autoridades que tentam minimizar as causas e os efeitos da extensa série de interrupções do fornecimento de energia, que tem afetado a vida de milhões de brasileiros.

É bom não esquecer que a péssima tradição da política tupiniquim não mudou. Continua o “loteamento” dos ministérios para os grupos alinhados da base governista, através de critérios meramente político. Por exemplo, o Ministério de Minas e Energia, que faz parte desta partilha, é um feudo que já perdura anos e anos. Como conseqüência, este ministério estratégico e de caráter eminentemente técnico, está “infiltrado” de neófitos. Seus “especialistas” tomam medidas no mínimo equivocadas, com conseqüências dramáticas para a nação. Além do setor, continuar “hermeticamente fechado” aos ares salutares da democracia. Quem decide a política energética é o CNPE (Conselho Nacional de Política Energética), órgão de assessoramento da presidência da republica, composto atualmente de 10 membros.

Tendo como ingredientes, o modelo mercantil, a privatização, dirigentes incompetentes, decisões autoritárias e antidemocráticas, falta da falta de transparência; o resultado não poderia ser diferente do que encontramos hoje.

Enquanto os “apagões” e “apaguinhos” se sucedem com uma freqüência irritante, se trava uma luta pelo poder, sem nenhum compromisso em resolver a atual situação, deixando a população refém dos interesses dos partidos políticos. O que importa é designar: “apagão de FHC”, “apagão do PSDB”, “apagão do Lula”, “apagão da Dilma”, “apagão do PT”, etc, etc. Enquanto isso a situação se agrava, a desconfiança e a falta de credibilidade do setor aumenta, e é a população quem “paga o pato”.

Sem dúvida não há sistema de geração, transmissão e distribuição de energia totalmente imune a acidentes e falhas. No entanto, o que ouvimos das autoridades como explicações das freqüentes interrupções no fornecimento, atingindo extensas áreas e prejudicando milhões de brasileiros, é totalmente inaceitável. As falhas apresentadas no sistema indicam problemas de manutenção e de projeto. Traduzindo, investimentos estão sendo subtraídos, e falta mais engenharia, pessoal qualificado (menos apadrinhados). Também o que se verifica nos balanços contábeis das empresas são lucros exorbitantes, em particular das distribuidoras, completamente fora da realidade nacional.

Devemos deixar de lado o oportunismo político que assola o país, e resgatar a dignidade de se fazer política. As urnas de outubro de 2012 mostraram o quanto à população rejeita a politicagem. Quase 1/3 dos eleitores se recusaram a depositar seu voto em qualquer político. Optaram por impugná-lo, não ir votar, deixá-lo em branco. Daqui a aproximadamente 18 meses, novas eleições serão realizadas, inclusive a disputa pelo cargo de presidente. Esta na hora da classe política respeitar mais os desejos e reclamos da população. Ela merece respeito.