Ganhar mercado na produção pecuária, gerando emprego e renda para os pernambucanos, sobretudo para aqueles que moram no campo. É o que representa, na prática, ser um Estado livre da febre aftosa com vacinação, status conferido nesta quinta-feira (05/09) para Pernambuco. Em solenidade na Sede Provisória do Governo do Estado, no Centro de Convenções, o governador Eduardo Campos e o ministro de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Antônio Andrade, assinaram a Instrução Normativa que permitiu ao Estado a mudança do status sanitário.
"Para poder transitar com o nosso gado, existia um limitador, que era a exigência da quarentena para o animal que saísse do Nordeste na direção dos grandes centros consumidores. Ou seja, nossa pecuária praticamente tinha que ser vendida aqui mesmo. Na medida em que quebramos essa barreira, valorizamos a produção animal pernambucana e nordestina também. E o que é ainda mais relevante: no pós-estiagem, quando estamos precisando reconstruir a base produtiva da região", explicou Eduardo.
Pernambuco obteve a melhor pontuação atribuída pelo Mapa nos 27 itens estabelecidos, somando 89 pontos. O governador ressaltou os esforços para alcançar tal resultado. "Construímos agências para cuidar da sanidade animal e o Estado colocou de graça, todos os anos, a vacinação para os pequenos produtores, fazendo a barreira sanitária em mais de 87 escritórios. Ganhamos, inclusive, do Ministério da Agricultura, o prêmio de melhor agência de controle nesse esforço", citou Eduardo. O último caso de febre aftosa registrado em Pernambuco foi há 15 anos, em Itaíba, no Agreste Meridional.
Após a conferência nacional, o desafio de Pernambuco será receber a chancela para comercializar fora do País. De acordo com o ministro Antônio Andrade, a meta é declarar todo o Brasil livre de Febre Aftosa até 2015.
Para a erradicação da doença, foram investidos anualmente cerca de R$ 5 milhões. Outros R$ 68 milhões foram disponibilizados para a área do custeio, legando à vigilância sanitária do setor uma nova infraestrutura. Foram abertos 88 escritórios, que estão presentes em 143 municípios pernambucanos, possibilitando o uso de sistemas informatizados e dando maior confiabilidade aos dados repassados para o Mapa e às outras agências do País.