PREVISÃO CLIMÁTICA DE 2018 PARA O SETOR LESTE DO NORDESTE
Recife, 28 de março de 2018
Com a coordenação da Agência Pernambucana de Águas e Clima – APAC nos dias 27 e 28 de março de 2018, estiveram reunidos em Recife, meteorologistas dos Centros Estaduais de Meteorologia da Região Nordeste e do Instituto Nacional de Meteorologia – INMET e também, por vídeo conferência com a Agência Nacional de Águas- ANA e, Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos-CPTEC.
A análise dos campos atmosféricos e oceânicos de grande escala (vento em superfície e em altitude, pressão ao nível do mar, temperatura da superfície do mar, entre outros), e dos resultados de modelos numéricos globais e regionais e de modelos estatísticos de diversas instituições de meteorologia do Brasil (FUNCEME, INMET, CPTEC/INPE) e do exterior indicaram o seguinte prognóstico climático para o período de abril, maio e junho de 2018 na região Nordeste do Brasil:
No Setor 1 (área em verde):
- 25% para a categoria abaixo
- 40% para a categoria normal
- 35% de probabilidade para a categoria acima da normal,
No Setor 2 (área em laranja):
- 40% para a categoria abaixo
- 35% para a categoria normal
- 25% de probabilidade para a categoria acima da normal
As áreas na cor cinza apresentam baixa previsibilidade sazonal.
ANÁLISE DAS CHUVAS OCORRIDAS EM MARÇO DE 2018 NA REGIÃO NORDESTE DO BRASIL
Na Figura 2 mostra as anomalias observadas de precipitação para a região Nordeste do Brasil no mês março de 2018. Observa-se chuva abaixo da média climatológica em todos os estados da região, exceto em parte do estado da Bahia e Piauí.
O campo de anomalia de temperatura da superfície do mar (TSM) das últimas quatro semanas, mostra a permanência da La Niña no oceano Pacífico Equatorial. No oceano Atlântico norte, houve resfriamento deixando a a TSM dentro da normalidade. Enquanto que na porção sul, ocorreu também resfriamento, no entanto a TSM ficou abaixo da normal. Essas condições favoreceram a posição da Zona de Convergência Intertropical mais ao norte de sua
posição climatológica.
NOTA SOBRE ESTE PROGNÓSTICO
As variabilidades espacial e temporal são intrínsecas a distribuição de chuvas no setor leste do Nordeste do Brasil devido a fatores diversos como efeitos topográficos, proximidade em relação ao oceano, cobertura vegetal etc.
Ressalta-se, a ocorrência de veranicos (10 dias consecutivos sem chuva) e também a possibilidade de ocorrências de chuvas moderada a forte, concentradas em poucas horas. Assim, recomenda-se o acompanhamento das previsões de tempo elaboradas pelos centros estaduais de meteorologia da região Nordeste.
PARTICIPANTES
APAC – Agência Pernambucana de Águas e Clima
AESA – Agência Executiva de Gestão da Águas do Estado da Paraíba
CPRM – Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais
CPTEC - Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos
FUNCEME - Fundação de Meteorologia e Recursos Hídricos
EMPARN – Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte
INMET – Instituto Nacional de Meteorologia
ITEP – Instituto de Tecnologia de Pernambuco
INEMA-BA – Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Estado da Bahia.
ANA – Agência Nacional de Águas
APAC