O ex-presidente Lula foi confirmado como Cidadão de Honra de Paris, na França, por ter retirado milhões de brasileiros da miséria e por ter sido um grande exemplo internacional.
A decisão representa uma grande derrota para Jair Bolsonaro, que só é presidente porque Lula foi artificialmente barrado da disputa presidencial, para Moro, que operou a farsa judicial, e para o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que ajudou a articular a prisão de Lula e, embora tenha apartamento à disposição em Paris, jamais mereceu tal honraria.
A notícia foi até publicada pelo jornal francês Le Figaro: "A cidade de Paris decidiu na quinta-feira conceder cidadania honorária ao ex-presidente brasileiro Lula, que atualmente está cumprindo pena de prisão, por seu compromisso de reduzir a "desigualdade social e econômica" em seu país".
Esse compromisso "permitiu que quase 30 milhões de brasileiros escapassem da pobreza extrema e acessassem direitos e serviços essenciais", afirmou a Prefeitura de Paris em comunicado, após uma votação favorável do Conselho da capital francesa.
"Lula é conhecido por sua política proativa de combater a discriminação racial particularmente acentuada no Brasil", acrescenta o comunicado, dizendo que "através de seu compromisso político, todos os defensores da democracia no Brasil são atacados."
A carta da Prefeitura destaca ainda a perseguição judicial movida por Moro contra Lula, o posicionamento de parlamentares franceses, juristas e ex-chefes de Estado no entendimento de que Lula teve seu direito de concorrer à presidência em 2018 barrado e cita o The Intercept e a revelação de que houve um conluio entre o então juiz e autoridades da Operação Lava Jato para condená-lo e prendê-lo.