Sepultamento de vítima da Covid-19 no cemitério de Capoeiras |
Mais 1.524 vítimas fatais da doença foram registradas nesta quinta-feira, 07/01/2021, no país, elevando o total para 200.498, de acordo com dados do Ministério da Saúde. Também foram registrados quase 88 mil novos casos de Covid-19 no país.
O Brasil voltou a registrar índices de transmissibilidade da doença similares a períodos críticos, e o sistema de saúde tem novamente se aproximado de um possível colapso, sem que tenham sido impostas medidas rígidas de isolamento social como aquelas adotadas no início da pandemia para conter o vírus.
Depois que os casos e óbitos tiveram uma queda em setembro e outubro, os números voltaram a subir novamente em novembro e dezembro, e começaram este ano ainda mais elevados.
Sem o controle mais rígido da movimentação das pessoas e do funcionamentos dos estabelecimentos, diversas cenas de festas e aglomerações se espalharam pelo país, frequentadas principalmente por jovens de classes sociais mais abastadas, que passaram a concentrar grande parte dos casos de Covid-19 no país.
A primeira morte por Covid-19 no Brasil foi anunciado por autoridades de saúde no dia 17 de março. Foram praticamente três meses para chegar em 50 mil mortes, e mais 50 dias para se chegar a 100 mil, em 8 de agosto. Desde então, foram mais 5 meses para somar mais 100 mil óbitos.
O número de casos desta quinta-feira --87.843-- ficou bem acima do recorde anterior, de 70.574 em 16 de dezembro, e o registro diário de óbitos só é superado pelas 1.595 mortes registradas em 29 de julho.
O Brasil é o segundo país do mundo com mais mortes por Covid-19, atrás apenas dos Estados Unidos, e o terceiro na contagem de casos, depois de EUA e Índia.
VACINAS
Além do preocupante quadro epidemiológico, o Brasil ainda não conseguiu iniciar sua campanha de vacinação contra a Covid-19, ao contrário do que já acontece em mais de 40 países do mundo, incluindo Argentina, Chile e México.
O país não conta sequer, até o momento, com um pedido formal de uso emergencial de um imunizante, mediante atrasos e problemas de planejamento.