Os números colocam o país em 11º lugar entre 160 países, atrás da Índia (11 milhões), China (5,8 mi), Coreia do Norte (2,6 mi), Paquistão (2,3 mi), Rússia (1,9 mil), Indonésia (1,8 mi), Nigéria (1,6 mi), Turquia (1,3 mi), Bangladesh (1,1 mi) e os Estados Unidos (1,1 mi).
O principal ranking da entidade, no entanto, é o que analisa a prevalência da escravidão em relação ao tamanho da população, o que aponta a gravidade do problema em cada país. Diante disso, o dez primeiros são a Coreia do Norte (104,6 escravizados por mil habitantes), Eritreia (90,3), Mauritânia (32), Arábia Saudita (21,3), Turquia (15,6), Tajiquistão (14), Emirados Árabes Unidos (13,4), Rússia (13), Afeganistão (13) e Kuwait (13).
De acordo com os índices, o Brasil aparece no grupo com média-baixa prevalência, com 5 escravizados para cada mil habitantes. Mesmo assim, o país ainda continua distante de outros como a Finlândia (1,4), o Japão (1,1), a Irlanda (1,1), a Bélgica (1,0), a Dinamarca (0,6), a Suécia (0,6), a Holanda (0,6), a Alemanha (0,6), a Noruega (0,5) e a Suíça (0,5).
Segundo o estudo, os países do G20, as nações mais ricas do mundo, importam juntos mercadorias em risco de terem sido produzidas com trabalho escravo da ordem de US$ 468 bilhões (R$ 2,33 trilhões). No caso do Brasil, são UU$ 5,6 bilhões (R$ 27,8 bilhões) em bens sob esse risco.
Entre as mercadorias que podem ter sido produzidas com trabalho escravo no Brasil estão eletrônicos, roupas, têxteis, óleo de palma e painéis solares de países como China, Indonésia e Bangladesh. Inclui-se também café, cana-de açúcar, madeira, carne bovina e roupas.