Quando se opta por ser um conjugue infiel, é necessário que se tenha em mente que essa prática exige certas habilidades naturais por parte do ser infiel. Ter uma boa memória é uma das principais. Saber mentir é crucial. Além disso, o jogo de cintura necessário para se manter um caso extraconjugal, é proporcional ao tamanho de sua cidade, quanto menor ela for, maior será a ‘ginga’ necessária para driblar um possível flagrante. E é justamente por não atender muitos desses pré-requisitos básicos que acabei abandonando essa prática.
Para nós homens, a coisa é sempre mais complicada. Por mais que o macho possua as qualificações necessárias para ser um infiel, cedo ou tarde ele notará que as vantagens em dividir-se entre dois ou três relacionamentos, nem de longe compensam o stress que isso lhe causa. E se você pretende manter sua vida sempre aberta a novas possibilidades de affaire, é melhor que para isso, esteja solteiro.
O valor de uma infidelidade não se mede pela quantidade de conquistas (isso também se faz solteiro), mas pelo tempo em que se consegue viver essa situação antes que ‘a casa caia’ na sua cabeça. Não se pode enganar uma mulher por muito tempo, elas são como ‘cadelas policiais’ treinadas para farejar infidelidade. Às vezes, quando não acham vestígios de uma traição, chegam a criar seus próprios. Não importa o quão afastado da putaria você esteja, aos olhos da sua mulher você sempre será um temível predador sexual esperando pela oportunidade certa de revelar-se.
Também pudera, existem tantas formas óbvias de se descobrir uma traição masculina que ainda me surpreendo que alguns ainda tentem este ultrapassado ato falho. Uma amante sempre deixa pistas bem fáceis de serem seguidas, cheiro de perfume barato, marcas de unhada ou até chupão, rombo na fatura do cartão, telefonemas excessivos, manchas de batom na cueca, fio de cabelo na roupa e constantes ameaças de por tudo a perder. Praticamente qualquer quebra na rotina masculina, por menor que seja, pode indicar uma traição.
Mas,… E quando a história se inverte e precisamos detectar um traço que indique uma infidelidade feminina? Como proceder? Quem desconfiaria de uma mulher falando demais ao telefone? Usando um perfume diferente ou com uma grande compra no cartão de crédito? E aposto que ela tem uma explicação bem plausível para aquela marquinha estranha no corpo que envolve uma longa história chata, que você prefere nem ouvir. Ao contrário de uma amante, o amante não deixa marcas ou pistas a serem seguidas. E por questão de lógica masculina, ele nunca exigirá que a esposa infiel largue o marido corno para assumir essa responsabilidade do qual ela própria está tentando fugir.
Ou seja, enquanto as mulheres dispõem de dezenas de técnicas CSI para descobrirem uma possível infidelidade de seus maridos, me parece que a única forma eficaz de um homem fazer o mesmo, ainda é voltando pra casa mais cedo do trabalho. O que me leva a perguntar, como você sabe que sua mulher não está te traindo?
Este bem humorado (e verdadeiro) texto é do blog, Dito pelo Maldito