Por Altamir Pinheiro
Símbolo sexual nos anos 50 e 60, a atriz francesa BRIGITTE BARDOT, que completará 83 anos, costuma afirmar categoricamente que deixou o cinema porque estava "FARTA DESSA VIDA SUPERFICIAL, VAZIA" e porque decidiu dedicar sua vida aos animais que, ao contrário dos homens, "NÃO PEDEM NADA E O DÃO TUDO". Desde os anos 70, BB tornou-se ativista dos direitos animais, após se retirar do mundo do entretenimento e se afastar da vida pública. Sua primeira aparição nas telas foi em 1952, no filme "Le Trou normand". Depois de alguns filmes sem muita repercussão, em 1956, estrelou o sucesso "E DEUS CRIOU A MULHER", que a consagrou internacionalmente.
Ao completar 18 anos, ela se casou com o diretor de cinema ROGER VADIM (que também foi marido de Jane Fonda e Catherine Deneuve). A união durou apenas cinco anos. VADIM foi responsável por lançá-la em "E Deus Criou a Mulher" (1956) e ainda a dirigiu em "Quer Dançar Comigo?" e "Amores Célebres". Com o sucesso de seus filmes franceses, Brigitte participou de uma produção americana em 1954, "UM ATO DE AMOR", com Kirk Douglas, tornando-se popular nos Estados Unidos.
A sensualidade de BB era tamanha que, até falando a mulher transmitia libertinagem, volúpia, satisfação. BB era um tipo de fêmea que, no auge de sua carreira, na tela, semeava voluptuosidade. Não é à toa que, a “MACHARIA”, no escurinho do cinema se deleitava na base da masturbação enrustida... Sua sensualidade vinha do CORPO PERFEITO, da BOCA CARNUDA, do OLHAR EXPRESSIVO e de um COMPORTAMENTO LIVRE, incomum para as mulheres da época. BB chegou a ser considerada a versão francesa de Marilyn Monroe.
Surpreendentemente, em 1973, aos 39 anos, BB se retirou da vida artística. Pouco antes de deixar as telas, declarou à imprensa francesa que não sentia prazer em ser atriz. Por três vezes, tentou o suicídio. Passando a desprezar sua aparência, dedicou-se a defender a natureza e os animais. Sua luta era pelo fim da venda de gatos e cachorros em anúncios classificados, pela proibição do uso de animais selvagens em circos, pelo final das touradas e das brigas de galo, e pelo fim da criação de animais para a fabricação de casacos de pele.
A atriz e cantora francesa Brigitte Bardot, nasceu BRIGITTE ANNE-MARIE BARDOT em 28 de setembro de 1934, em Paris. Em 21 anos de carreira atuou em 48 filmes e interpretou mais de 80 canções. Oriunda de uma família burguesa, Brigitte desde muito cedo recebeu aparato artístico, ao lado de sua irmã Marie-Jeanne. Em 1968, Brigitte estava no auge da fama, e Charlles de Gaulle declarou que, na época, ela era um símbolo do povo francês e decidiu homenageá-la com a criação de um busto, Marianne (figura alegórica da República Francesa). No discurso ele ressaltou algumas virtudes de Brigitte, como simplicidade, bom humor e franqueza. Cinco anos depois, ela decidiu se afastar da vida artística para se dedicar a Fundação Brigitte Bardot, que luta em prol dos direitos dos animais. Causa que ela abraça até hoje.
Na modalidade faroeste o filme mais conhecido é AS PETROLEIRAS, um filme francês de 1971 dos gêneros FAROESTE e COMÉDIA, estrelado por BB & CC. Segundo os críticos da época, um dos grandes apelos do longa era o fato de trazer pela primeira vez juntas nas telas as duas musas do cinema europeu, que eram tidas como rivais na vida real: a publicidade do filme dizia que era "BB contra CC" (embora Bardot e Cardinale tenham se tornado amigas durante as filmagens). O filme se passa no Velho Oeste, duas irmãs fora da lei (Brigitte Bardot e Claudia Cardinale) herdam uma fazenda e tentam estabelecer e fortalecer relações com a família vizinha composta de vários irmãos. Muita fama das duas para pouco filme e cenas fracas. O que se aproveita é a lindeza e sensualidade das duas.
Mudando de um pólo a outro vejam essa: o sonho do homem que se dizia mais popular do que Jesus Cristo era conhecê-la. Em janeiro de 1964, quando fazia turnê em Paris com a maior banda de rock de todos os tempos, ele pediu que fosse agendado um encontro entre os dois. Ela, no entanto, passava férias numa pequena vila de pescadores, muito distante dali. Assim, há 50 anos, Búzios provocou o desencontro entre BRIGITTE BARDOT e JONH LENNON e ficou conhecida como o paraíso secreto de BB. Revendo os jornais da época, constata-se que naqueles anos, BRIGITTE BARDOT revelava Búzios para o mundo. Apesar de ter provocado a frustração de um BEATLE, a passagem da grande estrela do cinema internacional daquele período por Búzios mudou completamente a vida no balneário. Subitamente, a pacata e desconhecida vila de pescadores, que era o terceiro distrito de Cabo Frio-RJ, passou a ilustrar as capas de jornais e revistas de todo o mundo.
A fama mundial desse balneário brasileiro é graças à estonteante francesa BB. Aquele paraíso deslumbrante ficou conhecido como “A BÚZIOS DE BARDOT”. Pouca gente sabe, mas a atriz esteve em Búzios por duas temporadas: a primeira, entre 13 janeiro e 28 de abril; e a segunda de 18 de dezembro de 64 a 8 de janeiro de 1965. Segundo nos conta o jornalista, na época, de o Globo, Márcio Menasce, - Búzios era um lugar de natureza selvagem, não tinha água encanada, não tinha restaurantes nem pousadas para abrigar o grande número de profissionais da imprensa e curiosos que foram atraídos pela loura. Realmente, BB foi uma ilustre visitante que marcou, definitivamente, a história de Búzios.
Nunca mais à loira retornou a Búzios, mas há um pedacinho da cidade em que ela se perpetuou: a ORLA BARDOT, que além de levar o seu nome, abriga sua estátua. Pois não é que sua escultura virou um ícone, que atrai todo o tipo de gente disposta a eternizar sua imagem ao lado da atriz. Para a autora da obra, a escultora Christina Motta, muito mais que a representação de uma estrela de cinema, aquela é a Brigitte de Búzios. A inspiração veio a partir daquela maneira que ela vivia em Búzios, com o cabelo solto, despenteado e o rosto sem maquiagem. Só acrescentei a mala (sobre a qual ela está sentada) para dar a ideia de que ela era uma visitante. Esta é a história desse verdadeiro caso de amor entre a princesa e o “plebeu”. Nós brasileiros, só temos que agradecer a estonteante loira e em nome de um caprichado francês, A lá Dilma Rousseff, despedimo-nos: au revoir!!!
Prezado leitor, depois daquela palestra da nossa querida Dilma falando em francês, donde, todos nós assistimos e nos deparamos com o colóquio perfeito e a exatidão da pronúncia nunca visto na história daquele país pela poliglota ex-presidenta, clic neste primeiro link para assistir um diálogo de 3 minutos entre BRIGITTE BARDOT & CLÁUDIA CARDINALE, no filme faroeste LES PÉTROLEUSES(As Petroleiras), caso haja alguma dificuldade de entender a língua de Napoleão Bonaparte, faça a opção pelo segundo link e acompanhe durante 8 minutos toda as décadas de vida da estonteante loira francesa conhecida pelas iniciais BB!!!