Continua repercutindo a situação constrangedora a que um adolescente de 16 anos, aluno do Primeiro Ano do Ensino Médio, da EREM Nossa Senhora do Perpetuo Socorro, em Capoeiras - PE, vitima de bullying praticado por colegas dentro da referida escola. E muitas pessoas não sei se com a intenção de ajudar ou por falta de informação se mostram ensandecidas por vingança para o caso. Incentivar a violência para vingar violência é isso mesmo? Vomitar bobagens nas redes sociais não ajuda em nada, e pode incentivar mais injustiça.
Prender os adolescentes envolvidos ou expulsá-los da escola resolveria o problema? Apedrejar a escola e agredir os professores é a solução? Precisamos lembrar que a função da escola transmitir o saber; a educação dos filhos cabe aos pais, às famílias.
Alunos que aparecem no vídeo estão sofrendo ameaças; imaturos, outros alunos que participaram da ação de constrangimento ao colega nem conseguem enxergam a dimensão do ato que praticaram, e na sexta-feira (02), protestaram contra o bullying (foto).
Quem frequentou ou frequenta escola sabe que em algum momento se não praticou ou sofreu algum tipo de bullying, presenciou colegas praticando ou sendo vitimas dele. Os motivos para a zoação de colegas dentro ou fora da escola são muitos: a timidez, o cabelo, as sardas, o modo de se vestir, o magro(a), o gordinho(a), a cor da pele, a orientação sexual, a condição social, entre tantos outros. Escola e educadores trabalham para que esse tipo de situação constrangedora não ocorra, mas se os pais muitas vezes não conseguem controlar seus filhos que são poucos, que dirá a escola que atende muitos adolescentes.
Até a manha deste domingo, 04/03/2018, o vídeo do aluno sendo constrangido por seus colegas na EREM de Capoeiras, já contava com mais de 55 mil compartilhamentos e mais de 6,8 milhões de visualizações só na rede social Facebook. Será que expor o adolescente dessa maneira não é constrangê-lo ainda mais? Será que estão mesmo ajudando ele?
A Secretaria de Educação juntamente a EREM certamente tomarão as medidas cabíveis nesse caso, orientando e dialogando com os alunos, suas famílias e a sociedade; e sem incentivar violência.