Maioria dos deputados e senadores pernambucanos já acredita que atendem à população
As manifestações que se sucedem no país desde o mês passado levaram mais de um milhão de pessoas às ruas, sendo cem mil em apenas um ato no Recife, o ocorrido no dia 20 de junho. A extensa pauta de reivindicações fez a presidente Dilma Rousseff (PT) lançar um plano com cinco metas, entre elas a realização da reforma política norteada por um plebiscito. Pressionado, o Congresso desengavetou dezenas de projetos polêmicos, como a PEC 37, que retirava o poder de investigação do Ministério Público. Uma onda, no entanto, que não parece ter contagiado a maioria dos deputados e senadores pernambucanos.
O Diario de Pernambuco procurou ouvir os 25 deputados federais de Pernambuco e os três senadores com uma única pergunta: o que muda na sua forma de fazer política a partir de agora? Dos 28 parlamentares, 19 responderam (16 na semana passada e três nessa). E a grande surpresa é que a maioria deles acredita que já atende adequadamente ao compromisso com os eleitores e, por isso, não vai mudar nada nos seus procedimentos.
“Nosso mandato está onde sempre esteve. Sempre estivemos do lado dos movimentos sociais, dos trabalhadores e do povo; ansiando pelos temas que se tornaram palavras de ordem nas manifestações”, enfatizou a deputada federal Luciana Santos (PCdoB), ao ser abordada pelo Diario. Enquanto os protestos continuam sem data para terminar, o governo federal segue desnorteado em meio ao clamor das ruas, a pressão da base aliada e as críticas da oposição. “Não muda nada, pois eu sempre participei de manifestações públicas e de movimentos sociais”, disse o deputado Paulo Rubem (PDT).
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