O mais novo gesto de reaproximação entre o senador Jarbas Vasconcelos (PMDB) e o governador Eduardo Campos (PSB) – que, até então, protagonizavam a maior rivalidade da política local – foi alvo de ironias do presidente nacional do PSDB e deputado federal Sérgio Guerra (PSDB).
A postura adotada por Guerra decorre do fato de que foi justamente sua aproximação com o governador que motivou o rompimento com o peemdebista. Na campanha de 2010, Jarbas acusou Guerra de não ter se engajado em sua campanha ao governado do estado e, de quebra, ter sido conivente com a migração de prefeitos do PSDB para o palanque socialista.
Diante do clima de cordialidade entre Jarbas e Eduardo, o dirigente tucano não só afirmou que o ex-aliado deve explicações como aproveitou para dizer que o PSDB nunca mudou de postura, pois sempre manteve uma relação amistosa com o campo socialista. “Quem tem que explicar isso é Jarbas. Durante muito tempo, alguém me acusou de ser amigo de Eduardo. Eu sou amigo dele. O PSDB nunca saiu do lugar dele. Sempre dissemos a mesma coisa e vamos continuar a dizer”, alfinetou, aliviando o tom, em seguida: “Se Jarbas dizia uma coisa e hoje diz outra, não cabe a mim julgar”.
As declarações de Guerra foram dadas pouco antes do encontro estadual do PSDB, realizado, nesta terça-feira (27), no Centro de Convenções. Mas, ao discursar à plateia tucana, o presidente do partido voltou a se referir à mudança de postura do peemedebista. “Pernambuco mudou e não enxergar isso é não enxergar o óbvio. Não podemos andar contra a sociedade. Agora, não adianta ser brabo ontem e, hoje, ser bonzinho”, bradou, sem citar nomes. As mensagens veladas a Jarbas prosseguiram. Ao falar que o PSDB é “firme”, mas sem “radicalismos”, Guerra enfatizou que o partido “honrou todos os compromissos” e, por isso, será “recompensado” nas urnas.