Em Garanhuns, no Agreste do Estado, prefeitos e lideranças políticas afirmaram, neste domingo (4), que o Governo de Pernambuco tem sido utilizado para beneficiar, com recursos públicos, o candidato oficial na sucessão estadual, no caso o ex-secretário da Fazenda Paulo Câmara. Segundo eles, os prefeitos pernambucanos têm sido chamados para reuniões com o objetivo de ser feita a cooptação. O prefeito de Iati, padre Jorge de Melo Elias, pontuou o processo em seu discurso. Ele pontuou que “também foi tentado ao pecado”.
“Fui chamado ao Palácio e disseram: ‘Padre, as máquinas, os carros-pipa que estão lá (no município), vão tudo pedir de volta’. Mas eu disse: ‘Eu não posso ser infiel a quem foi fiel comigo todo o tempo. Então, em nome do povo de Iati e do Agreste, declaro nosso apoio a Armando”, disse o gestor.
O prefeito de Canhotinho, Felipe Porto (DEM) também participou do evento e foi mais enfáticos ao condenar o uso eleitoral da máquina pública: “O pessoal do governo do Estado tem procurado os prefeitos oferecendo dinheiro, oferecendo recursos dos cofres do governo do Estado com o intuito de o prefeito passar pro lado do governador. Mas, falo como prefeito de Canhotinho, não me vendo, não tenho preço, não sou mercadoria”, acusou Porto.
Ao final do evento, o senador Armando Monteiro cobrou que todos os municípios de Pernambuco recebam o apoio que está sendo dado apenas aos prefeitos do PTB e destacou que a luta eleitoral será difícil.
“Não nos iludamos, essa é uma luta dura. Já deram aí demonstrações de como irão atuar nesta eleição. Eu falei numa bolsa-eleição, tinha apenas o FEM e agora tem o ‘VEM’. Mas não importa. O que precisamos saber é, se há dinheiro para dar uma assistência extraordinária aos prefeitos do PTB, por que não conceder aos outros? Por que premiar só os infiéis?”, disparou Armando.