“Tá lá o corpo estendido no chão. Em vez de rosto, uma foto de um gol. Em vez de reza, uma praga de alguém. E um silêncio servindo de amém...”. Os versos da música De Frente pro Crime, do compositor João Bosco, retrata a banalização dos assassinatos no Brasil. Um cotidiano cruel que tornou o país o campeão em número absoluto de homicídios no mundo, com 60 mil mortes por ano, segundo a plataforma de dados do Instituto Igarapé, uma ONG com sede no Rio de Janeiro.
Dentre as principais causas do alto índice de mortes, o Instituto Igarapé destaca a desigualdade, o desemprego — especialmente entre os jovens — a baixa escolaridade, a urbanização rápida e irregular, drogas ilícitas e armas. Somado a isso, há questões mais políticas, fruto da não priorização dos diferentes níveis de governo, além da impunidade, resultado da baixa taxa de investigação e elucidação dos crimes.
Mas não estamos sozinhos nesssa triste estatística de violência na América Latina. A região concentra 8% da população mundial e responde por 38% das mortes violentas. São 144 mil assassinatos por ano. Colômbia, El Salvador, Guatemala, Honduras, México e Venezuela são os principais parceiros do Brasil no quadro alarmante de violência no continente latino.
Contra as mulheres
Cerca de 503 mulheres são vítimas de agressões físicas a cada hora no Brasil. Esse é um dos dados revelados pela pesquisa "Visível e Invisível: a Vitimização de Mulheres no Brasil", realizada pelo Datafolha a pedido do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, com o apoio do Instituto Avon.
Estatística nefasta
América Latina
8% da população mundial
38% dos homicídios globais
Brasil – campeão em homicídios no mundo
60 mil assassinatos por ano ano
1 em cada 10 pessoas assassinadas no mundo é brasileira
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