Encerradas as eleições 2014, houve uma explosão de xingamentos e preconceitos, principalmente nas redes sociais, contra o povo nordestino por supostamente serem responsáveis pela vitoria de Dilma (PT), e derrota de Aécio (PSDB). Sou nordestino e votei na Dilma, porque para mim, entre as duas candidaturas postas, a petista era a melhor opção; votei diferente de muitos dos 48% que votaram no Aécio, mas que na verdade votaram contra um “tipo de gente” que não toleram. Não votaram em um projeto, partido ou candidato: foram só racistas.
Se no Brasil há muitas desigualdades regionais, pessoas pobres, analfabetos, a culpa é de políticos imbecis e gente preconceituosa como estas que vemos nas redes sociais. Que culpa uma pessoa tem de não ter tido oportunidade de estudar? ...de ser pobre?
Preconceito que também parte muitas vezes de atores, jornalistas, políticos, empresários...
Na democracia, o voto iguala ricos e pobres, dando o mesmo peso de decisão para ambus.
E para os burros ignorantes e preconceituosos que se imaginam superiores a outras pessoas, fica o lembrete do escritor nordestino, Ariano Suassuna:
“Encontrou-se com o único mal irremediável, aquilo que é a marca do nosso estranho destino sobre a terra, aquele fato sem explicação que iguala tudo que é vivo num só rebanho de condenados, porque tudo que é vivo, morre”.
O Brasil não será grande enquanto seu povo for pequeno!