Por Altamir Pinheiro
O diretor do filme SANSÃO & DALILA lançado no ano de 1949, um super espetáculo épico bíblico teve o carimbo do cineasta perfeccionista Cecil B. DeMille, uma superprodução que encantou multidões. Como esquecer a paixão arrebatadora entre o herói danita e a linda filistéia que descobre onde reside a força de Sansão e o trai por puro despeito? Até os anos 1970, em cidades interioranas brasileiras, reprisava-se esse épico religioso na Semana Santa. Depois passou a ser exibido na tevê na mesma data. Não é um bom filme, beira a caricatura e as caretas do ator Victor Mature desestimulam. Mesmo assim, em 1950, o filme abocanhou dois Óscares de melhor cenografia em cores e melhor vestuário em cores.
Como nos conta o cinéfilo Paulo Telles, ao lado de O Maior Espetáculo da Terra (1952) e Os Dez Mandamentos (1956), SANSÃO & DALILA despontou como um dos trabalhos mais populares da fase sonora da extensa carreira de Cecil B. DeMille, após seu lançamento oficial em 1949 (no Brasil, o filme chegou em 1951), a projeção cinematográfica baseado no Velho Testamento teve relançamentos e reprises pelo mundo nas grandes salas de cinema, e também pela televisão, como um dos cardápios principais da Semana Santa ou Natal. Justamente pelas reprises ao longo dos últimos setenta anos, que críticos divergem entre si quanta as qualidades de sua produção.
A sinopse do filme consta que, Sansão, um forte homem de uma tribo escravizado pelos filisteus, se apaixona por Semadar, uma devota ao reino dominante que se envolve com Ahtur, o que leva a uma guerra entre os dois povos. Na briga, Semadar acaba morta e sua irmã Dalila, que sempre amou Sansão secretamente, jura vingança. Ela planeja seduzi-lo para que ele revele seu segredo para entregá-lo ao seu líder, Saran de Gaza. Como curiosidades, o ator Burt Lancaster esteve cotado para interpretar Sansão e a atriz Betty Hutton para interpretar Dalila.
É preciso ter em mente que, muitas das histórias narradas na Bíblia Sagrada são fantásticas e dariam ótimos filmes, quer sejam elas verdadeiras ou lendas. A história de Sansão é uma delas!!! Na interpretação do diretor Cecil B. DeMille, a história de Sansão foi o que podemos chamar de amor e traição, onde o grande destaque é Dalila. Se o ponto fraco desse filme é a interpretação robótica de Victor Mature, a atuação de HEDY LAMARR como Dalila é o grande destaque do filme. Ardilosa, cruel, manipulativa, sedutora e vil e, ao mesmo tempo apaixonante, é uma atuação para ficar durante muito tempo na memória do espectador. Vale muito a pena presenciar essa grande produção da história bíblica!!! Recomendo-o.
Sansão, de acordo com a sua descrição na bíblia hebraica, foi um homem que liderou os israelitas contra os filisteus. A Bíblia relata que Sansão foi juiz do povo de Israel por vinte anos de 1177 a.C. a 1157 a.C. Distinguia-se por ser portador de uma força sobre-humana que, segundo a Bíblia, era-lhe fornecida pelo Espírito do Senhor enquanto se mantivesse obediente ao senhor dos Exércitos. Subjugava facilmente seus inimigos e produzia feitos inalcançáveis por homens comuns, como rasgar um leão ao meio, enfrentar um exército inteiro e matar uma multidão de filisteus. De acordo com o texto bíblico, Sansão apaixonou-se por Dalila, a qual o traiu entregando-o aos filisteus, depois de saber sobre o segredo de seus cabelos. Sansão morreu sacrificando-se para se vingar de seus inimigos, após ter clamado a Deus pela restituição de sua força para um último e definitivo ato.
Baseado em conhecido episódio bíblico do Velho Testamento o cineasta trata com sua habitual espetaculosidade e uma ligeireza de aventura de histórias em quadrinhos, o relato com 128 minutos de projeção, abrigando a saga do famoso juiz dos hebreus Sansão (Victor Mature), conhecido por sua força descomunal, cujo segredo estava no comprimento de seus cabelos. Pois bem!!! Se o filme tem 70 anos de produzido, há 4 ou 5 décadas, na cidade de Garanhuns-PE, no Cine Theatro Jardim, este escriba que ora escreve ou tecla essas palavras abençoadas, por na época ser “DIMENOR” fui impedido de entrar devido à idade. O filme era "ERÓTICO" demais. Há quem diga que SANSÃO & DALILA foi o primeiro filme em que o mocinho tinha mais peitos que a mocinha ...