Se já não bastasse o número de assassinatos que vem assustando moradores da zona urbana de Garanhuns, os bandidos também estão se debandando para a zona rural do município. No Mercado 17 de agosto, tenho sido procurado por matutos feirantes relatando os roubos e furtos em todos os arredores dos vilarejos rurais. Uma onda de roubos e furtos tem deixado em alerta os populares dessas áreas, cujos invasores, após renderem os moradores, roubam dinheiro, bens, veículos e máquinas agrícolas. Além disso, o momento de colheita tem tornado as sacas de feijão alvos preferenciais desses criminosos. Não raro, esses assaltantes agem com violência, chegando a agredir suas vítimas, além de amarrá-las e trancá-las em quartos.
Os furtos as propriedades rurais nas cercanias de Garanhuns seguem avançando em escala cavalar, mas as forças policiais continuam sem previsão de instalar uma Delegacia Especializada de Repressão a Crimes Rurais. O matuto da região está entregue às traças. Disse-me um feirante da Ceaga que ele e seus familiares estão com ar de louco, pois já foi assaltado em duas oportunidades somente este ano. Sua preocupação é tamanha que, como o campo está totalmente descoberto por não ter guarida e o mínimo de segurança, em razão do Estado através do policiamento ostensivo não dá às caras, assombrados, familiares e vizinhos estão deixando o campo por estarem descobertos e vindo morar na COHAB III por motivo do Poder Público não possuir a menor estrutura para protegê-los.
Os crimes de natureza exclusivamente rurais, não são só em Garanhuns, mas em todo o Agreste Meridional sempre vêm acompanhados de outras infrações, como invasão de residência, violência física, psicológica, cárcere privado em quartos dispensas, currais e celeiros, entre outros. No entanto, as ocorrências nesses locais não são publicadas em sua totalidade pelos órgãos públicos. Por isso, na falta dos dados oficiais sobre roubos de máquinas, implementos agrícolas, adubos e ferramentas de trabalho, agora, eles estão fazendo o chamado ou dando o CATA GERAL, utilizando o roubo de telefones celulares existentes nas residências das indefesas vítimas. Como se sabe, as consequências dessa violência exacerbada é o ÊXODO RURAL que é um processo marcado pela saída da população do campo para a cidade. Esse povo se desloca não só em razão da busca por melhores condições de vida, mas, no caso específico da zona rural de Garanhuns, eles fogem da violência que vem se tornando uma das causas dessa movimentação populacional, principalmente da camada mais jovem. Com a palavra, as polícias civil e militar!!!
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