Uma escultura da Virgem Maria feita de gesso, sob um fundo azul e adornos dourados causou polêmica em São Paulo. É que obra, criação do artista plástico, Zarella Neto, 33 anos, foi batizada por ele de: “Nossa Senhora do Crack”; e foi colocada na fachada de uma casa abandonada, na cracolândia, conhecido reduto de drogados no centro de São Paulo.
A Nossa Senhora do Crack seria uma espécie de padroeira dos viciados, segundo o artista. "Resolvi democratizar a santa. Ninguém enxerga essas pessoas. Elas merecem proteção. Sou cristão e a santa é do povo", disse Neto, que nasceu e cresceu no bairro. Ele disse que se existe varias denominações para Nossa Senhora, por que não haver uma protetora dos viciados em crack.
A Nossa Senhora do Crack seria uma espécie de padroeira dos viciados, segundo o artista. "Resolvi democratizar a santa. Ninguém enxerga essas pessoas. Elas merecem proteção. Sou cristão e a santa é do povo", disse Neto, que nasceu e cresceu no bairro. Ele disse que se existe varias denominações para Nossa Senhora, por que não haver uma protetora dos viciados em crack.
O arcebispo de São Paulo, Dom Odilo Scherer, elogiou a iniciativa e disse que não existe profanação na obra. "Vi e fiquei comovido. O drama dos dependentes químicos não pode nos deixar indiferentes. São humanos, são irmãos, são filhos de Deus. Nossa Senhora do Crack, rogai por eles e por nós também!", disse Scherer.
Alguns católicos não aprovaram a idéia, dizendo tratar-se de profanação ao nome de Nossa Senhora. Um dia após ser colocada ali, a imagem de Nossa Senhora do Crack foi quebrada por um dos viciados que vivem na cracolândia.
O padre Julio Lancelotti que cuida de pessoas que vivem nas ruas, falando sobre o caso, disse: “Ela quebrada ficou mais parecida com o povo que está aqui”.
O padre Julio Lancelotti que cuida de pessoas que vivem nas ruas, falando sobre o caso, disse: “Ela quebrada ficou mais parecida com o povo que está aqui”.
Profanação ou protesto, que Nossa Senhora interceda todos nós: drogados ou não.
Folha.com