Se já não bastasse os loteamentos clandestinos, Garanhuns está empestada de loteamentos irregulares. Os clandestinos são as invasões desordenadas por um aglomerado ou entulhos de seres humanos que sobrevivem do Bolsa Família que a gente chama de gente. Já os LOTEAMENTOS IRREGULARES são aqueles que possuem o projeto de parcelamento aprovado, porém está em desacordo com as exigências físicas, jurídicas ou administrativas. E quem são os culpados por tamanha desarrumação?!?!?! Claro que é a Prefeitura em conluio ou panelinha com a Câmara de Vereadores.
A preocupação com a construção de loteamentos irregulares, bem como, com a responsabilidade que a prefeitura de Garanhuns deveria ter frente às consequências negativas que atingem pessoas que adquirem seu lote de construção é deveras preocupante. A omissão do município diante da construção de loteamentos irregulares é algo corriqueiro nos arredores de Garanhuns. A cidade está poluída de verdadeiras gangs imobiliárias que vêm de fora e através de amizades, esquemas e o diabo a quatro conseguem se estabelecer e criar um caos futurista.
Fatores como especulação e carência imobiliária acabam gerando a proliferação dos loteamentos irregulares. Esses loteamentos são construídos em locais em que não existe estrutura e que são ilícitos para atividade imobiliária. Além da questão jurídica que está envolvida há que se destacar que esses loteamentos em grande parte dos casos causam grandes danos ao meio ambiente. Um tema delicado que exige um olhar mais preocupado por parte das autoridades.
Como esses loteamentos não têm autorização ou fiscalização rígida são feitos usando uma variedade infindável de técnicas de terraplanagem e afins o que pode causar diversos danos ao meio ambiente e principalmente ao solo e destruindo, obstruindo ou entupindo por completo as veias d’águas que circundam em nossos outrora abundantes lençóis freáticos. Outra questão que merece a nossa atenção é com certeza a falta de condições mínimas sanitárias o que acaba resultando no descarte de detritos sólidos e esgotos nos rios, açudes e riachos circunvizinhos.
Para atender a intensa demanda de grandes e pequenos empreendimentos imobiliários geridos por empresários inescrupulosos picados pela mosca azul da ganância desenfreada, vão se abrindo cada vez mais espaços para condomínios, e bairros de classe média baixa em locais tradicionalmente ocupados pela população mais pobre, os chamados “PÉS DE POEIRA”, que vai sendo deslocada para áreas desprovidas de qualquer infraestrutura, como água tratada, luz adequada, esgoto, escola, e serviços de saúde e de transporte. Quer dizer, a cada dia que passa o pobre dana-se a morar lá pras bandas da caixa prego onde o cão perdeu as botas.
Recentemente, numa calorosa discussão no plenário da Câmara no tocante à peleja verbal de um empreendimento imobiliário aprovado a toque de caixa o pau cantou na casa de Noca!!! Eis os adjetivos pejorativos ou frases soltas usadas por um vereador em plenário, totalmente revoltado pela pressa de seus pares em aprovarem um tal loteamento nas cercanias de Garanhuns: cruzeta, irregularidade, crime contra o meio ambiente, projeto errado, dúvidas não sanadas, falhas graves e aprovação dos vereadores por alguns interesses estranhos. Só faltou mesmo o vereador usar os termos PROPINA e SUBORNO, pois de resto saiu de um tudo, pois este foi o linguajar do vereador que já tinha pedido vista para melhor analisar o suspeito empreendimento imobiliário.
A podridão que ronda ou que está por trás das tais licitações ou de aprovação de loteamentos pelo brasilsão afora é de causar calafrios... Vulgarizou-se... Puxa-se uma pena vem um galinheiro... No caso do loteamento irregular, geralmente quem paga o pato é o meio ambiente, a famosa mãe natureza. A construção de loteamentos irregulares e a responsabilidade solidária do município têm se tornado um tema de extrema relevância. É preciso que o Ministério Público acorde pra Jesus e use o manto sagrado da justiça para afugentar essas lobas famintas conhecidas por gangs imobiliárias ou então exigir que elas se enquadrem nos ditames da lei. Do contrário, a vigarice, o oportunismo e a ganância vão ou já estão se multiplicando em escala geométrica.