A tradição do Boi da Macuca, originada na zona rural do município de Correntes (PE), representa uma manifestação cultural singular que ultrapassa suas fronteiras geográficas e se estende por todo o Estado, sobretudo nas apresentações em outras cidades como Garanhuns, Palmeirina, Recife e Olinda. O saudoso Capitão Zé da Macuca (josé de Oliveira) proprietário do Sítio que dá nome ao boi, foi o grande responsável pela criação do personagem que surgiu com uma missão especial de preservar as raízes do agreste pernambucano, disseminando e fortalecendo a cultura por meio de cortejos marcantes que arrastam multidões por onde passam.
O Boi da Macuca, vestido em cores vibrantes, não escolhe lugares para suas evoluções, está presente nos festejos locais como o São João da Macuca, Festival Macuca de Artes, e eventos renomados como o Carnaval de Olinda, com o Baile da Macuca e o Forró da Macuca, todos naquela cidade, e até mesmo em participações na Casa das Culturas do Mundo, em Berlim e turnês pela Europa. Essa itinerância proporciona uma interação cultural em diferentes expressões artísticas e destaca não apenas a sua importância local, mas também a representatividade internacional do Boi da Macuca.
Para o deputado João Paulo, autor do Projeto de Resolução aprovado na Alepe “o título de Patrimônio Cultural e Imaterial de Pernambuco não é somente o reconhecimento da sua importância histórica, mas também a garantia da sua preservação para as futuras gerações, consolidando o Boi da Macuca como um tesouro cultural permanente do estado”, reafirma.