Revisão do Pacto Federativo, umas das bandeiras de Eduardo Campos em sua campanha pela Presidência da República, também foi defendida pelo socialista
A parceria com os municípios, política adotada pelo ex-governador Eduardo Campos (PSB), é uma das prioridades do pré-candidato da Frente Popular ao Governo do Estado, Paulo Câmara (PSB). Nesta sexta-feira (27), o socialista afirmou que, se eleito, não apenas dará continuidade a esta política, mas ampliará essa realidade. "É importante que os vereadores tenham assento nos diversos conselhos que norteiam as políticas públicas”, defendeu, durante fala na abertura do Congresso Estadual da União dos Vereadores de Pernambuco (UVP). A entidade participa hoje do Conselho Estadual de Desenvolvimento Social. Câmara pediu o apoio dos vereadores não apenas neste período de eleição, mas para ajudá-lo em seu governo. "Não dá para saber de tudo o que acontece nos municípios lá do Palácio. Vocês é que estão mais próximos do dia-a-dia da população, dos problemas locais", explicou o socialista.
"O FEM (Fundo Estadual de Apoio ao Desenvolvimento dos Municípios) é um dos resultados dessa parceria que Eduardo estabeleceu e que nós vamos continuar. Ele permite um repasse desburocratizado, porém com controle, para que o prefeito aplique naquela necessidade imediata. Isso trouxe mais reformas de hospitais, de creches, minissistemas de abastecimento de água, calçamento de ruas e outros benefícios", exemplificou Câmara, lembrando sua proposta de tornar o repasse do FEM uma política de Estado, ou seja, permanente. O socialista foi ao evento acompanhado dos candidatos a vice, Raul Henry (PMDB), e ao Senado, Fernando Bezerra Coelho (PSB).
O socialista ainda destacou a "política perversa" de concentração de renda praticada pelo Governo Federal. "Em 1990, 80% do que era arrecadado no Brasil ia para estados e municípios. Hoje, esse percentual é de apenas 44%. A União, que participava com também 80% do que era aplicado na Saúde, hoje é responsável por pouco mais de 40%. Essa coisa da concentração dos recursos era utilizada pelos regimes ditatoriais para minar as forças das unidades da federação. Em uma democracia, isto é inadmissível", lamentou. Câmara ressaltou que a revisão do Pacto Federativo é uma das bandeiras de Eduardo Campos em sua campanha pela Presidência da República.
Foto: Wagner Ramos