A duplicação da BR 423, entre São Caetano e Garanhuns, no Agreste Setentrional, pode sair do papel até o final do ano. A previsão foi dada pela secretária estadual de Infraestrutura e Recursos Hídricos, Fernanda Batista, em audiência da Comissão de Administração Pública da Assembleia Legislativa, nessa segunda. Ela estimou em quatro meses o prazo para a CPRH emitir a licença prévia do primeiro trecho da obra, até o município de Lajedo. “Essa é uma obra de extrema importância para o desenvolvimento regional, a gente está falando do escoamento de produção, e também do potencial turístico que já existe em Garanhuns, um benefício para vários municípios, e o Governo do Estado está atuando para conseguir essa emissão da licença prévia, que vai possibilitar que o DNIT faça a licitação para o projeto executivo e o início das obras que está previsto para o ano de 2020.”
A primeira parte da duplicação tem 42 quilômetros de extensão e custo estimado de 256 milhões de reais. Os 38 quilômetros restantes, até a entrada de Garanhuns, correspondem ao segundo lote da duplicação, que pode precisar de ajustes no traçado, de acordo com o superintendente do DNIT em Pernambuco, Cacildo Cavalcante. O custo da segunda parte é também mais elevado: 360 milhões, com previsão de gerar maior impacto ambiental. Ainda de acordo com o representante do DNIT, a duplicação deve levar quatro anos para ficar pronta.
Autor do requerimento para realizar a audiência, o deputado Sivaldo Albino, do PSB, acredita que o ambiente nunca foi tão favorável para concretizar a obra. “Já temos conhecimento que o projeto já foi aprovado, o que é um avanço. Algumas propriedades já foram contactadas pelo DNIT, e a gente vai agora sim ter uma grande oportunidade de construir essa grande obra, que seria a redenção e o resgate do desenvolvimento de Garanhuns e do Agreste Meridional.”
Parte do dinheiro para a duplicação pode ser garantida por emendas parlamentares da bancada de Pernambuco no Congresso Nacional. Deputados federais e senadores devem ser convidados para uma nova audiência sobre o tema a ser realizada no município de Garanhuns até o mês de agosto. A ideia é permitir participação mais ampla de pessoas da região, tendo em vista as chuvas que dificultaram o acesso ao Recife nessa segunda.
ALEPE