“Nada é tão ruim que não possa ficar pior”, diz o provérbio popular. E ele parece que se aplica perfeitamente a situação da “insegurança pública no estado de Pernambuco”. Mais de 200 delegados de polícia decidiram entregar os cargos em protesto, e a partir desta quinta-feira, 01/09/2016, não vão mais trabalhar no Programa de Jornada Extra da segurança da Secretaria de Defesa Social; com essa decisão, cerca de 90 delegacias no Estado terão o funcionamento comprometido. A informação foi dada pelo presidente da Associação de Delegados de polícia de Pernambuco, Francisco Rodrigues.
"A segurança pública do estado tem como base de seu funcionamento o PJES, que nada mais é que um programa de pagamento de horas extras que não remunera corretamente os servidores", explicou Francisco Rodrigues através de nota à imprensa. Ele ainda lembrou a situação de muitos policiais civis que são "sobrecarregados de cotas do PJES". "Os delegados estão inconformados com a atual estrutura da Polícia Civil. Estamos trabalhando basicamente em flagrantes, não estamos investigando. Assaltos a ônibus, assaltos a carros-forte, não estão sendo devidamente investigados", explicou Francisco. De acordo com levantamento da diretoria da Adeppe, na região de Goiana sete delegacias vão fechar, assim como fecharão 13 delegacias na região de Palmares, 14 na região de Garanhuns, outras três na região de Vitória de Santo Antão e aproximadamente 50 em todo o Sertão.
A Adeppe também denuncia a violência no estado com o lançamento da campanha "Olimpíadas do Medo". Segundo a entidade, de janeiro a julho de 2016, ocorreram mais de 2,6 mil homicídios, mais de 1.151 assaltos a ônibus, 125 arrombamento a bancos, 5.120 ocorrências de violência contra a mulher e mais de 13 mil veículos foram roubados ou furtados.
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