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quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017

Barragem de São Bento do Una que beneficiará Capoeiras destruirá extensa área da caatinga, diz matéria da Folha de Pernambuco


Bioma terá ao todo 101,15 hectares suprimidos para a construção de barragem no Agreste do Estado

A instalação da Barragem de São Bento do Una deve contribuir para a regularização do abastecimento para mais de 80 mil pessoas nos municípios de São Bento do Una e Capoeiras, no Agreste pernambucano. Isso exigirá a supressão de 101,15 hectares de Caatinga. Para se ter ideia da proporção, o quantitativo é equivalente a mais de cem campos de futebol.

O cenário se torna ainda mais preocupante, visto que a barragem vai ocupar Áreas de Preservação Permanente (APPs) de um ecossistema frágil e importante para a manutenção da biodiversidade que nele habita. Só de área florestada ainda protegida às margens do rio Una restam apenas 8% e, na bacia como um todo (incluindo afluentes) sobra 6,8% APPs , segundo o Centro de Pesquisas Ambientais do Nordeste (Cepan).

Na prática, suprimir esse ecossistema contribui para o assoreamento, a desproteção do solo, a perda da manutenção do volume hídrico e o avanço das frentes de desertificação. “As APPs se destinam a proteger solos e, principalmente, as matas ciliares. Esse tipo de vegetação cumpre a função de proteger os rios e reservatórios de assoreamentos, evitar transformações negativas nos leitos, garantir o abastecimento dos lençóis freáticos e a preservação da vida aquática”, reforça

Barragem
Orçada em R$ 54,5 milhões (recursos da Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco e do Ministério da Integração Nacional), a Barragem São Bento do Una terá capacidade para acumular 18 milhões de metros cúbicos de água, beneficiando 82 mil habitantes de São Bento do Una e Capoeiras.

Uma adutora com 18 quilômetros de extensão complementará a obra. A Secretaria está realizando os trâmites para convocar a segunda empresa candidata na licitação para executar, ainda neste semestre, as obras em São Bento do Una, já que a primeira desistiu “por motivos internos”.

Um comentário:

  1. Qual a situação da obra hoje? Está, iniciada? Se sim, com previsão de término para quando?

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