Bioma terá ao todo 101,15 hectares suprimidos para a construção de barragem no Agreste do Estado
A instalação da Barragem de São Bento do Una deve contribuir para a regularização do abastecimento para mais de 80 mil pessoas nos municípios de São Bento do Una e Capoeiras, no Agreste pernambucano. Isso exigirá a supressão de 101,15 hectares de Caatinga. Para se ter ideia da proporção, o quantitativo é equivalente a mais de cem campos de futebol.
O cenário se torna ainda mais preocupante, visto que a barragem vai ocupar Áreas de Preservação Permanente (APPs) de um ecossistema frágil e importante para a manutenção da biodiversidade que nele habita. Só de área florestada ainda protegida às margens do rio Una restam apenas 8% e, na bacia como um todo (incluindo afluentes) sobra 6,8% APPs , segundo o Centro de Pesquisas Ambientais do Nordeste (Cepan).
Na prática, suprimir esse ecossistema contribui para o assoreamento, a desproteção do solo, a perda da manutenção do volume hídrico e o avanço das frentes de desertificação. “As APPs se destinam a proteger solos e, principalmente, as matas ciliares. Esse tipo de vegetação cumpre a função de proteger os rios e reservatórios de assoreamentos, evitar transformações negativas nos leitos, garantir o abastecimento dos lençóis freáticos e a preservação da vida aquática”, reforça
Barragem
Orçada em R$ 54,5 milhões (recursos da Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco e do Ministério da Integração Nacional), a Barragem São Bento do Una terá capacidade para acumular 18 milhões de metros cúbicos de água, beneficiando 82 mil habitantes de São Bento do Una e Capoeiras.
Uma adutora com 18 quilômetros de extensão complementará a obra. A Secretaria está realizando os trâmites para convocar a segunda empresa candidata na licitação para executar, ainda neste semestre, as obras em São Bento do Una, já que a primeira desistiu “por motivos internos”.
Qual a situação da obra hoje? Está, iniciada? Se sim, com previsão de término para quando?
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