Respondendo ao Jornalista Inaldo Sampaio, Ivan Rodrigues abre dissidência no PSB de Garanhuns
Em respeito à credibilidade de sua coluna, refiro-me ao tópico “A Ternura”. Reitero o que tenho dito à exaustão: Não é verdade que queira “deixar o Partido”. Isso é o que querem os intrigantes. Na verdade, Não quero e ninguém me tira do PSB. Esse é o meu Partido a que me filiei em 1990, juntamente com Miguel Arraes, do mesmo modo que o governo de Pernambuco é o meu governo e Eduardo Campos é o meu governador, aclamado – como dizem as pesquisas – por quase todos os pernambucanos.
Já disse, dentro do próprio Partido, que não recebo mais “recados” através dos blogs, uma vez que todos sabem os meus telefones, meus endereços, onde moro e onde trabalho. Sobretudo os “recados” que carregam ameaças de enquadramento, pois essa linguagem castrense nunca me assustou, nem mesmo durante os governos militares, em que por vezes dependi do meu pai para alimentar minha família, mas permaneci na defesa da democracia e do respeito às pessoas.
Sempre tive lado, amigo Inaldo. Sou um homem de Partido e, disciplinadamente recebi o comunicado da decisão do PSB de colocar Antonio João como candidato a Prefeito de Garanhuns. Não sou áulico, nem escondo dos dirigentes as possíveis impropriedades contidas em certas posições. Na ocasião, alertei o Partido e ao novo companheiro sobre as dificuldades que teríamos de enfrentar e das medidas que deveríamos adotar para reduzir as tensões (ainda bem que tenho testemunhas para comprovar o que estou afirmando) e o que mais adverti foi para a necessidade de unificar um discurso de humildade e conciliação. Nunca o da IMPOSIÇÃO, sob pena de provocar uma rejeição incalculável por parte da população. Como isso aconteceu no dia 5 de outubro de 2011, já decorreram SEIS meses e, durante todo esse período, todas as manifestações públicas do pré-candidato foram para deixar claro o discurso da IMPOSIÇÃO e do AUTORITARISMO, chegando à megalomania de afirmar que Garanhuns era o único município no Estado em que o Governador tinha um candidato definido para Prefeito. Nesse período nunca procurou uma liderança política, empresarial, sindical, comunitária para se construir como candidato. Para que você possa ter idéia, mesmo sendo eu o Presidente da Comissão Provisória, encontrou-se comigo apenas 4 (quatro) vezes, sendo que uma delas casualmente.
Pelo currículo apregoado, imaginávamos que se tratava de um pretendente à altura do encargo exigido. No decurso do tempo e com as gravações nunca desmentidas que foram divulgadas pelo YOUTUBE, com ofensas e calúnias proferidas contra pessoas e instituições, ficou claro que a despeito das “excelsas aptidões” oferecidas no desempenho de cargos importantes, ele próprio se encarregou de inviabilizar-se para disputar o cargo de Prefeito da terra de Simoa Gomes.
Numa tentativa infeliz de justificar o injustificável, o presidente estadual do PSB, apressadamente e mesmo sem qualquer manifestação do próprio Antonio João, tratou de dizer que tinham sido “momentos de infelicidade”. E mesmo após o pedido de desculpas aos promotores por tê-los tratado como “merda”, o presidente - também admitindo a verdade das sandices gravadas - afirmou que as agressões não teriam maior relevância e não inviabilizavam a candidatura de AJD, pelo fato de que uma pesquisa indicou que somente 12% da população de Garanhuns haviam tomado conhecimento das declarações criminosas.
Que barbaridade, meu caro Inaldo! Será que o crime somente se caracteriza pela divulgação do fato delituoso e não pela sua natureza? Será que estamos diante da formulação de um novo princípio de Direito Penal? Se pouca gente souber, o crime não tem importância ou deixa de ser crime?
Tive dois mestres na vida: meu pai, o orgulhoso Zébatatinha, e Miguel Arraes, líder e amigo de 1962 até a sua morte em 2005. Com eles aprendi as melhores lições de cidadania, honra, dignidade, ética e moral. Não posso concordar, portanto, sob pena de destruir tudo que levei oitenta anos para realizar e merecer o respeito de todos, com o meu “enquadramento” para participar de uma comissão provisória com a única finalidade de impor a candidatura de um cidadão que demonstrou sua desqualificação para o cargo de Prefeito da minha terra.
Prefiro, no dizer do seu colega, jornalista Roberto Almeida, “uma candidatura com a alma da cidade, um nome que tenha raízes entre as sete colinas, conhecedor dos problemas do município e com serviços prestados à nossa gente”. Para isso, o PSB de Garanhuns vinha trabalhando há cerca de ano e meio, construindo um projeto regional para o Agreste Meridional, desenvolvendo um programa bonito e reconhecido por toda a sociedade garanhuense, que não entende, até hoje, a razão de tamanha truculência dirigida ao nosso diretório municipal, e que terminou despertando toda a sorte de intrigas contra mim.
Tenho sido denegrido por comentários anônimos nos blogs da cidade e estou pagando um preço muito alto pela minha falta de ambição pessoal e pela minha coerência. Que fique bem claro, meu caro Inaldo, recuso-me a participar “enquadrado” dessa comissão provisória e faço questão de permanecer no MEU PARTIDO para assegurar-me do sagrado direito de expor e lutar pelas minhas posições e divergir dos equívocos que estão sendo praticados. Se essa posição for um estorvo, que se abra um processo de expulsão e nele me defenderei até o último instante.
Com um abraço de Ivan Rodrigues
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