JORNAIS AINDA FALAM POUCO SOBRE EDUCAÇÃO AMBIENTAL
Os jornais brasileiros ainda contribuem pouco com a educação ambiental apesar dos apelos feitos em inúmeros congressos internacionais, pela ONU, Unesco e outros organismos internacionais ao ressaltarem a importância da Imprensa nesse processo.
A constatação é feita pelo jornalista e mestrando em Ciências da Educação, Alexandre Acioli, que analisou por seis meses os textos publicados no suplemento Diarinho, do Diário de Pernambuco, e constatou que o tema meio ambiente e outros relacionados à sustentabilidade não fazem parte das pautas e assuntos discutidos com as crianças, principal público do suplemento.
O resultado inicial da pesquisa será apresentado na próxima semana, durante a realização da 5ª edição do Encontro de Pesquisa Educacional em Pernambuco (Epepe), que acontecerá entre os dias 27 e 29 de agosto de 2014, na Unidade Acadêmica de Garanhuns (UAG) da Universidade Federa Rural de Pernambuco (UFRPE).
O Epepe, promovido pela Fundação Joaquim Nabuco(Fundaj), tem o objetivo de ampliar o debate educacional no Interior de Pernambuco junto com as universidades e outras instituições de ensino. O evento acontece a cada dois anos e tem a proposta de interiorização. Antes de Garanhuns, os outros Encontros aconteceram em Caruaru (2012) e no Recife (2010, 2008 e 2006). Em 2012, tornou-se um encontro itinerante, contribuindo com a interiorização do debate educacional e maior participação da comunidade acadêmica e científica e divulgação e difusão das pesquisas em educação realizadas na graduação e pós-graduação.
Educação Ambiental - De acordo com Alexandre Acioli, apesar de o Diarinho ainda trazer pouca informação sobre educação ambiental para o público infantil, o fato não é nenhuma novidade e segue uma tendência nacional. Segundo Acioli, o percentual de 1% das notícias sobre o tema (matéria, nota, comentário) no Diarinho “é até surpreendente”.
Ele argumenta que em 2006, as notícias publicadas nos suplementos infanto-juvenil e revistas do Brasil, relacionados ao meio ambiente, representavam apenas 0,69% e que em 2004 esse percentual era de 0,57%. Comparado ao percentual de agora, “houve uma evolução de 30% em oito anos. Alexandre Acioli diz ainda que o tema “Meio ambiente” está na 26ª colocação entre os 30 Temas de Relevância Social nos de jornais e revistas - à frente de questões como Violência, Gravidez e AIDS/DSTs.
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