Equipe oficial americana vai apurar a queda do jato em Santos (SP). Gravador de voz do avião não chegou a registrar sons da cabine de voo.
Uma equipe oficial dos Estados Unidos está a caminho do Brasil para participar da investigação da queda do jato que matou Eduardo Campos. O grupo é formado por especialistas do NTSB, a principal autoridade de investigação de acidentes nos EUA, e da Cessna, o fabricante do avião.
As causas técnicas da falha do gravador ainda não foram esclarecidas pela FAB. O conteúdo se refere a uma conversa durante abastecimento no solo, com os motores desligados, em local e data não identificados.
O gravador tem capacidade para registrar duas horas seguidas de sons, e começa a trabalhar toda vez que o avião é energizado, isto é, os sistemas elétricos foram ligados.
Às vezes, na manutenção, os técnicos costumam desligar o gravador justamente para impedir que, ao serem ligadas as baterias, conversas anteriores sejam apagadas.
A Anac, agência que regulamenta a aviação civil, disse que esse tipo de avião não pode decolar se o gravador de voz não estiver funcionando. O equipamento, apesar de não ser um item de segurança, deve ser checado pelo comandante antes do início do taxiamento.
Mas a mesma regra não se aplica para voos não remunerados, mesmo que o piloto identifique que o gravador não está funcionando, ele pode voar.
Com as gravações da cabine, os peritos buscavam ajuda para entender o que aconteceu com o avião. Os investigadores têm à disposição agora apenas os contatos dos pilotos com os diversos orgãos de controle do tráfego aéreo.
Na sexta-feira (15), dois dias depois do acidente, peritos da Polícia Federal, da Aeronáutica e da polícia de São Paulo continuaram vasculhando a área, retiraram vários pedaços do avião e começaram uma nova etapa da investigação com drones e scanners que tiram fotos em três dimensões para criar um ambiente virtual do acidente.
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