ESTUDAR PRA QUÊ?

         Você acha justo uma pessoa ocupar um emprego só porque é parente ou amigo de alguém que ocupa um cargo de chefia? Se você concorda, não continue lendo esta crônica, pois não quero magoá-lo.

         Freqüentar uma escola para a maioria das pessoas foi ou é um sacrifício: o trabalho, a distância até  a escola, a falta de recursos, de motivação, entre outros, conspiram para que muitos desistam de estudar. Enquanto uns sacrificam-se para estudar; outros recebem tudo de mão beijada por serem apadrinhados.

         Pobre tem mania de dar nome tronxo aos filhos, por isso, Wandercleydson Kellyo é meu nome, e infelizmente não tive a chance de estudar; mas, o meu filho está na escola. É revoltante saber que pessoas incapazes ocupam cargos imerecidamente só porque são parentes ou amigos de algum velhaco, covarde, tapeador: o popularmente conhecido, “pistolão”. Alguns políticos; outros, pessoas que ocupam cargos de chefia e, até “educadores” têm o péssimo habito de menosprezar quem estudou, nomeando “na cara de pau” seus parentes e “puxa-sacos”. Sou analfabeto, mas não entendo por que para ser político no Brasil não precisa ser alfabetizado.

         Meu filho me perguntou: Estudar pra quê papai se os melhores cargos e salários, muitas vezes, estão predestinados aos bajuladores? Não seria melhor eu abandonar os estudos e tornar-me logo um  bajulador em tempo integral? Certamente não, responndi!

         Caminhar de cabeça erguida, sem ser alcunhado de “puxa-saco e babão”, e não se corromper é moralmente digno e valioso. Também, só através da educação e do conhecimento é que poderemos mudar nossa realidade.

         Estudar é a maneira honesta de almejar a um bom trabalho, sair da ignorância,  e tornar-se verdadeiramente cidadão: tudo que os inescrupulos não querem ao povo.

        

       Que a mediocridade de poucos não contamine os que estudam e se esforçam, e nem, os que acreditam na educação como força renovadora da sociedade.

          Meu filho hoje está na escola. Torço para que ele não tenha a infelicidade de conhecer os políticos inescrupulosos que conheci.  E que o povo tome vervonha e aprenda a votar; e  que nunca mais um eleitor precise dizer que tal político é ladrão e não merece um voto. Tenho dito.