Passado algum tempo da tragedia que devastou a zona da mata Pernambucana, o Rio Una foi esquecido pelas autoridades e ao que parece, pela população. O Rio Una continua sendo agredido, em repouso como nossos governantes, aguarda tão somente o momento de revidar ao homem, mais uma vez, os danos sofridos.
Em Capoeiras, onde tem sua nascente, o Rio Una recebe as primeiras agreções: desmatamento da mata cíliar, chorume do lixão do município, egoto domestico e o descarte do matadouro público. Preocupados com essa situação, pois, estes descartes, seguem para a barragem Gurjão, que abastece de água, as cidades de Capoeiras e Caetés, a ONG Brigada Ambiental Una Vivo... está realizando um abaixo-assinado, nas duas cidades, solicitando do Governo do Estado, seja construido uma estação de tratamento de esgotos em Capoerias para amenizar o problema.
Hoje, ainda é possível a COMPESA tratar a àgua da barragem Gurjão, mas se não for tomada uma providência urgente, não será possível futuramente. Os governantes que só se preocupam com as eleições, nada se importam com os que lhes elegem; afinal, quanto pior a situação, melhor para ludibriar o povo.
O problema é que cuidar do meio ambiente não dá visibilidade para os políticos, sejam eles presidente, governador ou prefeitos.
ResponderExcluirDepois, quando vêm as tragédias, culpam a natureza e a vontade de Deus, como aconteceu em junho deste ano em Pernambuco e Alagoas. Cria-se comitês de crise, coisa e tal e ainda se tira proveitos eleitorais em cima da desgraça dos outros, no caso, dos pernambucanos e alagoanos. Enquanto isso, rios como o Una, o Ipojuca, Capibaribe, Jaboatão, Tejipió, Pajeú... vão sendo mortos, pelo homem, pela falta de educação, de civilidade, de ação e, sobretudo, pela omissão e iresponsabilidade dos dirigentes políticos, de todos os matizes, de todas as cores.
Ruy Sarinho
Olinda/PE