"Caçadas de Pedrinho" relata a aventura da turma do Sitio do Picapau Amarelo a procura de uma onça pintada. No livro, Tia Anastácia é chamada de "negra"; e animais como, urubu e macaco sofrem abordagem racista. Um trecho do livro, diz: "Tia Nastácia, esquecida dos seus numerosos reumatismos, trepou, que nem uma macaca de carvão". Em outro: "Não é à toa que os macacos se parecem tanto com os homens. Só dizem bobagens"; justifica o seu parecer, Nilma Lino. Ela sugere ao governo que não sejam selecionadas obras que descumpram o preceito de "ausência de preconceitos e estereótipos".
O parecer foi elaborado a partir de denuncia de Antonio Gomes da Costa Neto, mestrado da UNB à Secretária de promoção da Igualdade Racial, ligada à presidência da Republica. O ministro da Educação Fernando Haddad precisa homologar o parecer do CNE para que entre em vigor.
(Resumo de matéria do portal Uol)
Parabens pelo post!
ResponderExcluirMuito interessante!
ResponderExcluirDiversas coisas passam despercebidas.
No entanto não acredito que as intenções do autor sejam puramente racistas.
Mas como o livro é infantil, a decisão parece correta.
Raimundo,
ResponderExcluirTodo texto, para ser melhor compreendido, precisamos saber o seu contexto, seja histórico,político, social, etc.
Talvez esteja ocorrendo algum mal-entendido devido à avaliação "às pressas" de uma ou outra passagem da história.
Falo isso de cadeira porque fiz Letras na faculdade e lá trabalhávamos diversas obras literárias que só faziam sentido, após longo estudo, incluindo os contextos supracitados.
Não estou defendendo Monteiro Lobato, mas é possível, lendo com atenção, encontrarmos algum elemento irônico do autor com a sociedade.
Talvez ele quisesse dizer a visão que as pessoas têm dos negros e não a visão dele.
Estranho que Lobato fosse racista pois, se assim o fosse, Tia Nastácia não seria construída com uma personalidade tão amável, sendo adorada e respeitada pelas crianças, Narizinho e Pedrinho.
Um abraço,
Mary :)
É conhecido o instinto preconceituoso do autor em vários de seus textos.
ResponderExcluirEmbora poucos tenham dado atenção a isso.
Tomara que esta discussão siga adiante.
Neste trecho do livro, Monteiro Lobato responde à professora Nilma Lino Gomes, e ao Antonio Gomes da Costa Neto:
ResponderExcluir"Não é à toa que os macacos se parecem tanto com os homens. Só dizem bobagens"