Donos de casas de farinha afirmam que a produção diminuiu em Jupi , devido à escassez de chuvas na região Agreste de Pernambuco. Por conta disso, a mandioca - matéria-prima para a produção - precisa vir de fora, o que aumenta o valor final do alimento.
O empresário Ivo de Almeida explica que recebia cerca de 40 toneladas de mandioca por dia. O produto rendia 200 sacas com 50 quilos. Ele relata ainda que a quantidade reduziu pela metade: 20 toneladas e cerca de 90 sacas, respectivamente. Atualmente, a raiz é comprada no estado do Piauí.
Outro empreendedor afirma que a mandioca usada para a produção vem de Araripina, no Sertão pernambucano. "Trazemos de lá e, por causa do custeio do caminhão e tudo mais, aumenta o preço da farinha", relata Geraldo Gonçalves. "Quando normalizar a chuva em nossa região, e as mandiocas produzirem mais, a gente vai voltar ao normal, como antes", espera o empresário Ivo Almeida.
Ainda segundo os empresários, a queda na quantidade da matéria-prima afeta diretamente na ocupação dos postos de trabalho. Um deles contava com uma média de 100 pessoas para a raspagem. Agora, não passam de 40 e ainda encerram o expediente mais cedo.
Os trabalhadores se preocupam com a situação. "O serviço que tem dentro de Jupi só é esse. Então, a gente tem que se virar", desabafa Aline Maria da Silva. Já Lenira Maria dos Santos diz trabalhar em duas casas de farinha para poder sustentar a família. "Minha luta é grande pra arrumar a despesa de casa. Aí eu tenho que trabalhar lá e cá".
Fonte: G1/pernambuco/caruaru
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