Barragem Gurjão tem menos de 3% do seu volume de água, segundo APAC

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A Agência Pernambucana de Águas e clima - APAC, no âmbito de sua competência prevista a Lei Estadual, está divulgando o Segundo Boletim de Monitoramento de Qualidade das Águas dos reservatórios de Pernambuco. Este boletim apresenta a situação de 54 reservatórios de Pernambuco, que totalizam 3.025,97 hm³, correspondendo a 94,8% da capacidade atual de acumulação de água do Estado. Destes reservatórios, 16 estão localizados na Região Metropolitana do Recife e Zona da Mata, 16 no Agreste e 22 no Sertão.

Para essas análises, são coletados e analisados 15 parâmetros, com uma periodicidade trimestral, a fim de se analisar a qualidade da água bruta para a preservação da biota aquática, bem como fornecer subsídios ou informações para gestão dos recursos hídricos e seus múltiplos usos, com foco no abastecimento humano. Onde são calculados os seguintes índices: IQA, Toxidade Aguda, Risco de Salinização e Estado Trófico.

Conforme pode-se  ver no gráfico da APAC, a Barragem Gurjão esta com 2,59% da sua capacidade de acumular água.

O Gráfico apresenta outros dados sobre a qualidade da água. Para entender o que significa cada código contido no gráfico, Clique aqui para ler! 

Índice de Qualidade das Águas (IQA): é um índice que une parâmetros que interferem na qualidade da água para preservação da biota aquática e que interferem na qualidade para o consumo humano. Ele foi desenvolvido para avaliar a qualidade da água bruta visando seu uso para o abastecimento público, após tratamento. Os parâmetros utilizados são: Coliformes Fecais (NMP/100mL), pH, DBO (mg/L), Nitrogênio Total (mg/L), Fósforo Total (mg/L), Afastamento da Temperatura de Equilíbrio (°C), Turbidez (UNT), Resíduo Total (mg/t), Porcentagem do Oxigênio Dissolvido de Saturação (%).

• Índice de Estado Trófico (IET): classifica os corpos de água em diferentes graus de trofia, avaliando a qualidade da água quanto ao enriquecimento por nutrientes e seu efeito relacionado ao crescimento excessivo do fitoplâncton. O parâmetro utilizado para o cálculo deste índice é o Fósforo Total (µg/L). Os corpos d`água são assim classificados: Ultraoligotrófico – produtividade primária (surgimento de algas e microrganismos) muito baixa e concentrações insignificantes de nutrientes que não acarretam em prejuízos aos usos da água; Oligotrófico – baixa produtividade primária e concentrações de nutrientes, não ocorrendo interferências indesejáveis sobre os usos da água; Mesotrófico - produtividade primária intermediária, com possíveis implicações sobre a qualidade da água, mas em níveis aceitáveis na maioria dos casos; Eutrófico - alta produtividade primária em relação às condições naturais, com redução da transparência, em geral afetados por atividades antrópicas, nos quais ocorrem alterações indesejáveis na qualidade da água decorrentes do aumento da concentração de nutrientes e interferências nos seus múltiplos usos; Supereutrófico - alta produtividade primária em relação às condições naturais, de baixa transparência, em geral afetados por atividades antrópicas, nos quais ocorrem com freqüência alterações

indesejáveis na qualidade da água, como a ocorrência de episódios florações de algas, e interferências nos seus múltiplos usos; Hipereutrófico – afetados significativamente pelas elevadas concentrações de matéria orgânica e nutrientes, com comprometimento acentuado nos seus usos, associado a episódios florações de algas ou mortandades de peixes, com consequências indesejáveis para seus múltiplos usos, inclusive sobre as atividades pecuárias nas regiões ribeirinhas.

• Teste de Ecotoxicidade Aguda ou Teste de Toxicidade Aguda (TTA): visam avaliar se a água analisada tem algum agente tóxico que provoque efeito nocivo agudo aos organismos.

• Risco de salinização: risco de salinização do solo devido à utilização de água do manancial para irrigação. O parâmetro utilizado é a condutividade

elétrica (µS/cm a 25°C).