O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) usou a estratégia de morder e assoprar para falar, ontem, sobre a relação com seu antigo aliado, o ex-governador Eduardo Campos (PSB), cotado como presidenciável na disputa eleitoral deste ano. Ao mesmo tempo que disse que a pré-candidatura do socialista tende a migrar para “a direita” ele afirmou nutrir uma amizade “belíssima” com o ex-governador. Em entrevista a blogueiros de todo o país, no Instituto Lula, em São Paulo, o ex-presidente ainda lamentou o rompimento entre o PSB e o PT, ressaltando que “adoraria” ter o socialista ao seu lado novamente.
A declaração dúbia de Lula poderia ter sido interpretada mais como um afago e uma lamentação do que uma crítica, sendo um déjá vu para os petistas do estado que sofreram com o distanciamento do ex-presidente na campanha do Recife em 2012. Na entrevista, o cacique petista chegou a lembrar a admiração que tinha pelo avô de Eduardo, o ex-governador Miguel Arraes, falecido em agosto de 2005. Mas a reação negativa do PSB no país inteiro à fala do ex-presidente mostrou que o tom de Lula foi mais no sentido de se mostrar surpreso e traído com a pré-candidatura do ex-governador pernambucano.
Diário de Pernambuco
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