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segunda-feira, 19 de novembro de 2018

Retirada do programa Mais Médicos afeta mais de 1,6 milhão de pernambucanos, diz Associação de Municípios de PE

O fim do acordo entre Brasil e Cuba para o programa Mais Médicos e a saída dos profissionais do país caribenho causa um impacto no tratamento de mais de 1,6 milhão de pernambucanos, especialmente no Sertão do estado. A afirmação é do presidente da Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe), José Patriota. No Brasil, são 28 milhões de desassistidos.

Em Pernambuco, há 414 médicos cubanos em atuação, segundo o Ministério da Saúde. Eles trabalham principalmente em áreas afastadas dos grandes centros. Segundo a Secretaria de Sapude do estado, os profissionais estão em 125 cidades e nos Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEIs).

Prefeito da cidade de Afogados da Ingazeira, distante 386 quilômetros do Recife, Patriota, que é do PSB, declara que cidades dos sertões do Pajeú e do Araripe ficam praticamente sem assistência de saúde preventiva com a retirada dos cubanos.

No Sertão do Pajeú, de acordo com o gestor, a proporção é de 22 profissionais de Cuba para três ou quatro brasileiros. “Cada um desses profissionais atende uma média de 4 mil pessoas. Portanto, em uma área com 180 mil habitantes, cerca de 88 mil pessoas ficarão sem assistência médica”, afirmou.

De acordo com Patriota, o cálculo de pessoas afetadas pela saída dos médicos é feito a partir da quantidade de pacientes atendidos por cada Unidade de Saúde da Família (USF), multiplicada pelo número de médicos. Em média, segundo ele, as equipes, que têm um médico cada, atendem até 4 mil pessoas.
Leia mais: Amupe

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