Seguidores

sexta-feira, 11 de maio de 2012

A feira livre de Capoeiras e a modernidade




“É a feira livre que chegou para ficar, mesmo que a gente mude ela nunca vai mudar”, diz o verso da música composta por Roberto Tenório em homenagem a Feira Livre de Capoeiras. Mas, a nossa feira livre esta mudando: em algumas “bancas” já é possível pagar as compras com o cartão de credito. É efeito dessa tal modernidade.

Capoeiras continua tendo uma das maiores feiras livres de Pernambuco, mesmo o nosso comercio de rua tendo perdido muitos dos seus consumidores para o conforto e a beleza proporcionado pelas lojas e  supermercados. Algumas pessoas dizem que a feira livre esta enfraquecida e que falta incentivos para reerguê-la; outras, culpam a modernidade como causa do seu enfraquecimento e, acreditam ser este um caminho sem volta. Nesses novos tempos, os feirantes se rendem a modernidade do chamado “dinheiro de plástico”, e aos trancos e barrancos um dos símbolos da nossa identidade cultural insiste e vai resistindo.

Enfraquecida ou não, todas às sextas-feiras, a feira livre de Capoeiras continua sendo um ponto de encontro para as pessoas comprarem e venderem; e para muitas, o único lugar que têm para passear.

Capoeiras ainda conserva a típica feira livre do interior, onde é possível encontrar vestidos rodados, trancelins e presilhas para enfeitar moças faceiras; a beleza dos artesanatos; as saborosas comidas típicas e a musicalidade nordestinas. Encontra o famoso “homem da cobra” com sua fala tentando convencer os matutos a comprarem um “santo” remédio. Onde há gente que se imagina sabido, querendo enganar os bestas; onde se vê matuto autentico e, os que já se contaminaram pela cultura da periferia de grandes cidades do sul do país. 

Ah! A feira livre da minha Capoeiras...

Fotos: 1 - Uma das barracas que aceita cartão de crédito; 2 - Barraca com apetrechos artesanais em couro.

Clique sobre as fotos para ampliá-las!

4 comentários:

  1. Parabéns pela excelente matéria sobre a nossa feira livre. Muito feliz também a citação dos versos de Roberto Tenório, assim como a observação de que "mesmo a feira está mudando".

    ResponderExcluir
  2. Carlos Fernando5/12/2012

    A música citada é na verdade uma parceria de Roberto Almeida e Nelson Barros.

    ResponderExcluir
  3. Anônimo5/12/2012

    nossa feira ta acabamdo aos pouco so os sego que nao ve isso.mas issim mesmo foi uma boa materia parabems Raimundo.

    ResponderExcluir
  4. Mário R. Calado de Souza5/13/2012

    Meu Caro Raimundo, sou Mário Calado filho de Roberto Tenório o “Roberto de Olegário da farmácia”, compositor da música Feira Livre que em seus versos retrata a magnífica feira livre de minha amada terra que surgiu dos almocreves e dos tropeiros pelo ano de dois e chegou para ficar, mesmo que a gente mude ela nunca vai mudar.
    É notória sua vocação em trazer os fatos mais importantes de nosso município com imparcialidade e transparência, fico muito agradecido e emocionado ao ver o nome de meu amado pai neste blog e ainda muito feliz em ver o amigo de meu pai Roberto Almeida o reverenciar nesta coluna.
    Agora, já emocionado com estas palavras, recordo de minha infância nesta fenomenal feira livre, carregando a feira por alguns trocados e pelas nove horas da manhã indo tocar o sino da igreja onde fui honrosamente coroinha do Monsenhor Geraldo Batista de Lima. Em minha jovem memória as melhores trago de minha amada terra Capoeiras.

    Saudações e agradecimentos,

    Mário Calado


    PS.: quero deixar registrado a autoria da composição "Feira Livre" que encontra-se registrada no Cartório Único de Registro de Capoeiras em nome de Marcos Roberto Tenório de Souza. "meu pai"

    ResponderExcluir

Comente aqui!
Lembre-se: comentários com acusações, agressões, xingamentos, e que citem nomes de familiares de quem quer que seja, não serão publicados.

Opine com responsabilidade!