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segunda-feira, 4 de dezembro de 2017

Rock Hudson, o cowboy gay que morreu de AIDS

Por Altamir Pinheiro

Como afirma o jornalista Antonio Nahud,  ROCK HUDSON não era bom ator, mas tinha carisma e bela estampa. Moreno, muito alto (1,93 m), másculo, belo corpo e voz viril, ele estava acima de qualquer suspeita, ocultando habilmente suas inclinações sexuais. No começo de sua carreira, logo passou a receber uma média de cento e cinquenta propostas de casamento por semana. As revistas de cinema não paravam de perguntar: “QUANDO ROCK ESCOLHERÁ UMA NOIVA?!?!?!”. Isso o tornou cuidadoso. Passou a encarnar o herói romântico e sua carreira terminaria se o público tivesse a mais leve suspeita de sua homossexualidade.

Na verdade, ROCK HUDSON não era um péssimo ator, mas em westerns, apesar de ser alto e forte, ele parece se perder um pouco. Ele sempre foi muito bom em filmes urbanos, comédias, ou filmes de aventura. Descreveremos aqui, uma relação dos  melhores filmes de Rock Hudson: ASSIM CAMINHA A HUMANIDADE (1956), com Elizabeth Taylor e James Dean; E O SANGUE SEMEOU A TERRA (1952), com James Stewarc; CONFIDENCIAS A MEIA-NOITE (1959). Com Doris Day; PALAVRAS AO VENTO(1956), com Dorothy Malone; VOLTA, MEU AMOR (1961), com Doris Day; QUANDO SETEMBRO VIER (1961), com Gina Lollobrigida e O ÚLTIMO PÔR-DO-SOL (1961), ótimo faroeste com Kirk Douglas e Dorothy Malone. Aliás, o cantor e compositor pernambucano, LENINE, é autor de uma música intitulada o Último-Pôr-do-Sol

Nos anos 50 e 60, Rock Hudson era o perfeito galã de Hollywood. Fortão e atlético, ele tinha um sorriso doce que mostrava certa vulnerabilidade. As mulheres o amavam loucamente. O segredo de que ele era gay era guardado a sete chaves num momento em que seria um suicídio profissional sair do armário. A maioria dos americanos só soube que ele gay quando Hudson morreu, em 1985. 

Ele necessitava de sexo diariamente e não apreciava sujeitos masculinos, de preferência bissexuais. Enquanto isso, seus filmes destacavam seu vigoroso físico. As publicações estampavam fotos suas dedicando-se a tarefas típicas masculinas, entre elas lavando seu conversível vermelho. Sem camisa, obviamente, para exibir o formoso tronco. Liz Taylor admitiu que, durante as filmagens de “Assim Caminha a Humanidade”, sentiu-se atraída por ele. Foi inútil, ele preferiu cair nos braços de James Dean. 

Na década de 1950, Quando a revista “CONFIDENTIAL” passou a farejar a vida privada do astro, o estúdio resolveu casá-lo urgentemente. A escolhida, uma tímida e ingênua secretária aspirante a atriz, Phyllis Gates, não tinha a menor ideia da farsa, apenas se deliciava com a possibilidade de ser a esposa do homem que todas as mulheres cobiçavam. Pelo bem da carreira, ele aguentou o máximo que pode, mas o casamento só durou três anos.

Rock teve inúmeros parceiros e frequentava discretas festas exclusivamente masculinas, principalmente aquelas em que não conhecia quase ninguém. Com o declínio, a partir dos anos 1970, ele direcionou toda a sua energia para o sexo. Nas suas festas enchia a piscina com dezenas de belos jovens, nus e bronzeados. “Os louros são os SCOTT e os morenos são os GRANT”, dizia aos raros convidados. Ninguém desconhecia o famoso romance entre os atores Randolph Scott e Cary Grant. 

Maior galã de Hollywood nos anos 50, o astro manteve sua homossexualidade em segredo, mas mudou a consciência da América sobre a epidemia de HIV ao revelar seu diagnóstico. Na oportunidade, década de 1980, um médico francês foi quem tratou da sua doença. O ator tinha perdido 35 quilos e estava tão fragilizado que a única maneira de voltar para casa era num voo direto de Paris para os Estados Unidos. Nenhuma companhia aérea queria aceitá-lo como passageiro. A Air France cobrou 250.000 dólares para levá-lo para casa em um 747. 

O livro ‘’A VIDA SEXUAL DOS ÍDOLOS DE HOLLYWOOD’’ relata que,  Nesta época que apareceram os primeiros sintomas de que sua saúde não estava bem. Logo descobriu a Aids. Quando foi revelado sua doença, o mundo ficou estupefato. No entanto, morreu cercado de amigos, entre eles, Elizabeth Taylor. Depois da sua morte, o seu ex amante foi aos tribunais, alegando que o ator fazia sexo com ele sabendo que podia contaminá-lo. Ganhou a causa, embolsando 14,5 milhões de dólares.

A Aids era tão estigmatizada que os doentes se sentiam abandonados. Tudo o que eles queriam era um sinal de esperança, e ela veio com a declaração de Hudson. Foi o evento que iniciou no país a consciência da epidemia de HIV. Ele foi corajoso e deixou que o seu diagnóstico mudasse a face da Aids. Diante dessa fatalidade há que se lamentar sua partida tão cedo vitima desta doença miserável.

Assistam ao vídeo da LUTA CONTRA À MORTE desses três monstros sagrados do faroeste norte-americano que encantaram plateias do mundo inteiro: Rock Hudson, John Wayne e Yul Brynner, donde, todos os três morreram de câncer. Isso é o que podemos chamar de, A ARTE IMITA A VIDA...

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