Investigações são contra grupo comandado por empresário que teria fraudado licitações; prejuízo aos cofres públicos passa de R$ 12 milhões.
O Ministério Público Estadual de Alagoas (MP-AL) realizou na manhã desta quinta-feira (13), a segunda fase da “Operação Perfídia”, que busca cumprir nove mandados de busca e apreensão em Alagoas e Pernambuco.
A ação é um trabalho do Grupo de Atuação Especial em Sonegação Fiscal e Lavagem de Bens (Gaesf) e busca combater uma organização criminosa especializada nos crimes de fraude à licitações, falsidade ideológica, simulação de operações tributárias e lavagem de bens.
Segundo o MP, nesta nova fase as buscas aconteceram em Maceió, e também nos municípios de Garanhuns e Caetés, que ficam em Pernambuco.
Em Maceió, foram cumpridos sete mandados de busca e apreensão em residências e empresas. Já no interior de Pernambuco, deu-se cumprimento às outras duas medidas cautelares, todas expedidas pela 17ª Vara Criminal da Capital.
De acordo com o coordenador do Gaesf, promotor de justiça Cyro Blatter, a segunda fase da Perfídia acontece para dar continuidade às investigações iniciadas em julho contra a organização criminosa comandada pelo empresário Victor Pontes de Mendonça Melo, acusado de ter fraudado licitações que geraram um prejuízo de mais de R$ 12 milhões aos cofres do tesouro estadual.
O G1 não conseguiu contado com a defesa do empresário.
Segundo o Gaesf, o nome Perfídia foi escolhido para a operação porque ele significa “aquele ou aqueles que enganam e/ou são desleais”, o que faz uma alusão à traição para com a coisa pública.
O promotor de justiça Kleber Valadares, integrante do Gaesf, informou que os mandados em Garanhuns e Caetés foram cumpridos porque um empresário se envolveu em pagamentos de propina com a pessoa de Victor Pontes.
“Recolhemos documentos tanto na casa, quanto na empresa do senhor Flávio Hugo Ferreira de Moraes. Tudo será analisado minuciosamente pelo Gaesf. Queremos saber qual o grau de envolvimento dele com os esquemas ilegais montados pelo Victor Pontes”, explicou o promotor.
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