
"Só não fomos agredidos porque a polícia chegou a tempo", contou Fernando Rodolfo. Ao pedir ajuda ao tenente-coronel Abel Ferreira Júnior, três viaturas foram deslocadas até Jupi. De acordo com a denúncia, o cemitério não tem mais capacidade para realizar novos funerais. Vários cadáveres chegam a dividir uma só cova.
"Partidários da prefeita fecharam a rua, ontem, e começaram a nos fazer ameaças, dizendo que nós também poderíamos ser enterrados lá", relatou o repórter.
Segundo ele, na primeira intimidação, a equipe de reportagem tentou prestar queixa na delegacia da cidade. Mas o delegado Antônio Carlos Bezerra não teria aceitado o registro de uma queixa por ameaça. "Ele disse que ia fazer apenas um comunicado à polícia, sem nos dar sequer uma cópia", contou. Ontem, assustado, o repórter preferiu deixar a cidade.
Procurado pelo JC, o delegado contou que não tomou conhecimento de nenhuma intimidação ontem. Da primeira vez, ele argumentou que entendeu que não houve nenhum tipo de ameaça. "O que eu soube foi que o responsável pelo cemitério apenas acompanhou a equipe de reportagem. Por ser o administrador do local, entendi que ele tinha esse direito", afirmou.
O JC também tentou, insistentemente, contato com a prefeitura do município. Uma gravação atende, diz que vai redirecionar a ligação para alguns setores específicos e, ao final, pede para aguardar para falar com um telefonista. Mas ninguém responde.
JC Online
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