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sábado, 2 de março de 2013

Agreste pernambucano ganha ares de sertão


O Agreste é todo Sertão. O caminho para Garanhuns é todo lamento. A seca massacra até a microrregião propalada como oásis, a 850 metros de altitude, pródiga em floricultura e com uma bacia leiteira que representa metade da produção do Estado. Nem a Suíça pernambucana aguentou a estiagem. O cenário que, no início da semana, a reportagem encontrou no percurso para Pesqueira, no Vale do Ipojuca, foi o mesmo flagrado na última quinta-feira (28) em São Caetano, Cachoeirinha, Lajedo e Garanhuns.

A chuva não cai há mais de ano, o gado está morrendo e os agricultores não sabem mais o que fazer. De acordo com a Coordenadoria de Defesa Civil de Pernambuco, 64 das 71 cidades do Agreste já decretaram situação de emergência. Em todo o Estado, mais de 1,3 milhão de pessoas são afetadas pela seca, segundo o último balanço, divulgado ontem (01).

Na altura de Cachoeirinha, distante 169 quilômetros do Recife, às margens da BR-423, a imagem espanta. Uma cabeça de boi, só a ossada, está dependurada em um cacto. Simboliza a morte, a penúria, a desesperança. É como se avisasse que, mata adentro, seria daí para pior.

Cachoeirinha tem 3.415 pessoas afetadas pela estiagem, quase um quinto da população da cidade. Garanhuns padece do mesmo problema. De clima mesotérmico, com temperatura média anual de 20 graus e conhecida como a Suíça pernambucana, a Cidade das Flores virou outra. Desbotou. São cerca de 14 mil pessoas afetadas, nas contas da Secretaria Municipal de Agricultura, Abastecimento, Meio Ambiente e Recursos Hídricos.
NE10

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