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segunda-feira, 28 de novembro de 2016

Temer, o governo que se desintegra sob corrupção


Geddel foi escolhido para a Secretaria de Articulação Política do governo para tomar providências do tipo anistia aos Senadores (as) e Deputados (as) investigados na Lava-Jato, negociar cargos, verbas e negócios como o do edifício denunciado pelo ex-ministro da Cultura, Marcelo Calero.

Quem conhece Geddel sabe que ele foi talhado para isso. E as promessas aos parlamentares que votaram no impeatchment foram essas.

Porém, Geddel se deu mal. Calero gravou as conversas com ele, com Temer e Padilha e avisou ao Ministro da Justiça que tem a obrigação de divulgar o conteúdo das gravações sob pena de cometer crime de prevaricação.

Ou seja, Temer prometeu aos parlamentares e não entregou.

O governo desmanchou muito antes do que se esperava.

Está confirmado: Temer é fraco, um presidente decorativo, rodeado de corruptos, acostumado à política do baixo clero, do toma lá, dá cá, não serve mais ao poder econômico porque não dá conta do recado e em franco processo de degradação. Deu.

Aécio, Cunha e Temer sabotaram o governo Dilma durante dois anos com a conspiração para o golpe de Estado, enquanto o país afunda na crise econômica.

Um bando de corruptos destituiu uma Presidenta honesta, legitimamente eleita, que garantiu a plena autonomia das instituições de fiscalização e controle, nas investigações dos escândalos de corrupção.
Agora ficou claro porque conspiraram e deram o Golpe de Estado.

Mas, se pedido o impeachment de Temer, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, com provas materiais, vai acatar o pedido ou vai arquivar?

Se instalado o processo de impeachment, o mesmo Congresso que cassou o mandato de Dilma vai cassar o de Temer?

E se a delação premiada da Oderbretch atingir mais de 200 deputados, esses mesmos deputados vão participar do processo de impeachment de Temer?

Cunha está preso, Temer decorativo, e Aécio abandonado, entregue às feras, esperando sua vez.
Está desenhado outro golpe. Tudo indica que desta vez, com eleição indireta em 2017, de um presidente para privatizar tudo quanto puder, e a instalação do parlamentarismo com um Congresso podre, corrupto, salvo as devidas excessões.

Mas as ruas podem mudar tudo. Estão previstas grandes manifestações até o final do ano e nos primeiros meses do próximo ano.

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