Presidente do Sindicato dos Professores de Capoeiras vai a Câmara explicar acordo firmado com a Municipalidade

O vereador Antonio Alberto (Dedinho), na sessão da câmara, no último dia 23, questionou o acordo firmado entre o Sindicato dos Professores e a Prefeitura de Capoeiras para o pagamento do mês de dezembro/2012, que não foi pago aos professores. Segundo o vereador foi incompetência do Sindicato e do seu presidente, firmar um acordo para pagar os professores com a arrecadação dos impostos municipais, pois passará o ano e o valor arrecadado não será suficiente para cobrir a folha de pagamento em questão. O vereador disse ainda que o Presidente do Sindicato dos Professores é pago pelo município e está a disposição do Sindicato para defender a Classe e não os próprios interesses. Nesta mesma sessão, a Câmara decidiu convidar o presidente do Sindicato dos Professores de Capoeiras para que este falasse sobre o acordo firmado com a prefeitura.

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Na sessão ocorrida nesta terça-feira (30), o presidente do Sindicato dos Professores de Capoeiras, professor Adilson Araujo foi a Câmara falar aos vereadores sobre o acordo firmado com a municipalidade.  O professor Adilsom Araujo começou afirmando que o acordo entre o sindicato e a chefe do Poder Executivo Municipal foi feito sob a luz da lei, e que o vereador que o rotulou de incompetente o fez sem conhecimento de causa. Disse que o acordo foi firmado nas presenças dos advogados, do Sindicato, da prefeitura, e do secretário municipal de Administração, o Sr. Cleber; e que foi referendado pelos professores em Assembleia realizada no Colégio Municipal de Capoeiras. E que em momento algum nada foi feito para prejudicar a Classe que ele representa. 

Disse que o debito pertence à Fazenda Publica Municipal, mas, que só é possível pagar se houver recursos. E que não faz ideia de quanto tempo levará para juntar o dinheiro suficiente para pagar a folha. Disse ser preferível um acordo a acionar a Justiça, porque o Sindicato tem uma demanda Judicial contra a Fazenda Municipal desde o governo do ex-prefeito Zezinho, o que já faz 21 anos, e mesmo a causa tendo sido ganha nas três esferas, até hoje a sentença não foi cumprida. Disse sentir um desejo latente deste Governo em querer pagar aos professores. E que o Sindicato não tem bandeira partidária.

Respondendo as perguntas do vereador José Nielson, o professor Adilson Araujo disse que segundo o ex-secretário de Administração, o tempo estimado para arrecadar o valor necessário para pagar a folha em atraso seria de 4 a 5 meses. E que não entende necessário nem vital convidar os vereadores para participarem de uma questão que interessa só a categoria, já que as partes interessadas estavam presentes: O Sindicato e a Prefeitura.  Disse que o Sindicato hoje tem cerca de 175 professores filiados.

Respondendo as perguntas do vereador Antonio Alberto, o professor disse não ter a ata da assembleia que referendou o acordo. O vereador disse estar provado haver incompetência.

Ao vereador Carlos Junior, o professor Adilson Araujo respondeu que segundo soube extraoficialmente, a folha de pagamento do mês de dezembro dos professores gira em torno de R$270 mil a R$ 300 mil. Professor Adilson Araujo disse que a caráter de sugestão, a Câmara deveria convidar o ex-gestor municipal a prestar explicações, pois foi ele quem deixou de pagar o mês de dezembro aos professores.

Respondendo a vereadora Carla Rodrigues, o professor Adilson Araujo disse que o acordo foi feito para o pagamento integral em parcela única. Disse que a secretária municipal de Educação estava presente na assembleia que referendou o acordo, e que a Secretaria de Educação tem o livro de presença dos professores presentes. Disse estimar que na reunião tinha entre 180 a 200 professores, pois naquele dia havia capacitação para estes. E que se o acordo não for cumprido pela municipalidade, o sindicato tomara outras providencias.

Após terminar de falar, o professor Adilson Araujo pediu licença e saiu do recinto da Câmara.

Ao usarem da tribuna na hora das Explicações Pessoais, vários vereadores externaram insatisfação com as  explicações dadas pelo presidente do sindicato dos professores.