Segundo a entidade, a Igreja Católica não pode compactuar com “qualquer tipo de trabalho em condições que ferem o respeito pela dignidade humana”.
“Todas as denúncias devem ser investigadas nos termos da lei”, afirma a nota assinada pelo secretário-geral Dom Joel Portella Amado, bispo auxiliar da Arquidiocese do Rio de Janeiro. “A Igreja tem a responsabilidade de zelar pelo tipo de vinho utilizado nas celebrações das missas”.
É necessário que “se busquem, para a celebração da missa, vinhos de proveniência sobre as quais não existam dúvidas a respeito dos critérios éticos na sua produção”.
Matéria do DCM relatou que, no Rio Grande do Sul, estado que responde por 90% da produção brasileira de vinhos, cinco marcas fornecem para esse nicho de mercado.
A Salton, acusada no episódio, detém mais da metade desse mercado no país. Oitenta por cento do volume produzido é comercializado para as paróquias e os 20% restantes para outros tipos de consumidores.
Veja a íntegra da nota da CNBB:
“VINHO CANÔNICO
Quem ama a Deus
ame também o seu irmão (1 Jo 4,21)
Brasília, 28 de fevereiro de 2023
A Igreja tem a responsabilidade de zelar pelo tipo de vinho utilizado nas celebrações das missas. A CNBB, por meio da Comissão Episcopal para a Liturgia, promoveu encontros com cerca de 15 vinícolas a respeito das caraterísticas de tal vinho.
Qualquer tipo de trabalho em condições que ferem o respeito pela dignidade humana não pode ser aprovado. Todas as denúncias devem ser investigadas nos termos da lei.
No Brasil existem diversas vinícolas que oferecem vinho canônico. Desse modo, é recomendável que se busquem, para a celebração da missa, vinhos de proveniência sobre as quais não existam dúvidas a respeito dos critérios éticos na sua produção.
Dom Joel Portella Amado
Bispo auxiliar da arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro (RJ)
Secretário-Geral da CNBB”
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Comente aqui!
Lembre-se: comentários com acusações, agressões, xingamentos, e que citem nomes de familiares de quem quer que seja, não serão publicados.
Opine com responsabilidade!