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sábado, 29 de setembro de 2012

CNBB repudia capa da revista Placar com Neymar crucificado


A CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) manifestou nesta sexta-feira “profunda indignação” com a capa de outubro da revista Placar na qual o jogador Neymar aparece crucificado. A entidade diz reconhecer o princípio da liberdade de expressão, mas que “há limites objetivos no seu exercício”.

“A ridicularização da fé e o desdém pelo sentimento religioso do povo por meio do uso desrespeitoso da imagem da pessoa de Jesus Cristo sugerem a manipulação e instrumentalização de um recurso editorial com mera finalidade comercial”, diz a nota. 

“A publicação demonstrou-se, no mínimo, insensível ao recente quadro mundial de deplorável violência causado por uso inadequado de figuras religiosas, prestando, assim, um grave desserviço à consolidação da convivência respeitosa entre grupos de diferentes crenças”, prossegue. 

Em entrevista ao UOL, antes da emissão da nota da CNBB, o diretor da Placar, Maurício Barros, havia dito que a intenção da revista com a imagem era questionar a posição de vilão em que Neymar foi colocado, frequentemente acusado de cai-cai, ou antiético. 

Barros havia declarado ainda que o objetivo não era comparar o jogador com Jesus Cristo. 

“Acho que pode haver a comparação porque Jesus Cristo foi o crucificado mais famoso, mas a nossa analogia é com a execução, como a crucificação como elemento histórico de execução pública”, disse ele. 

No entanto, o comunicado, que é assinado pelo cardeal Raymundo Damasceno Assis, arcebispo de Aparecida e presidente da CNBB e Leonardo Ulrich Steiner, bispo auxiliar de Brasília e secretário geral da entidade, afirma que “a fotomontagem usa de forma explícita a imagem de Jesus Cristo crucificado, mesmo que o diretor da publicação tenha se pronunciado negando esse fato tão evidente”. 

A nota termina dizendo que “isso se constitui numa clara falta de respeito que ofende o que existe de mais sagrado pelos cristãos e atualiza, de maneira perigosa, o já conhecido recurso de atrair a atenção por meio da provocação”.
Rodrigo Durão Coelho/noticias.bol.uol.com.br

Um comentário:

  1. Anônimo10/16/2012

    SOU ASSINANTE DA REVISTA PLACAR A ANOS E ACHO QUE REALMENTE ELES FORAM INFELIZES NA ESCOLHA DA CAPA, PENSO QUE NÃO DEVEMOS USAR DE ALGUM SIMBOLOS DA FÉ RELACIONADA A NENHUMA RELIGIÃO.
    AINDA MAIS QUANDO FALAMOS DA PESSOA DE JESUS CRISTO.

    FOI DE TREMENDO MAU GOSTO O USO DESTA IMAGEM POR PARTE DA REVISTA PLACAR.

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