Por Altamir Pinheiro
Ruas devastadas, sombrias e sem habitantes... Para a época de hoje, em tempos de coronavírus, esse é o cenário principal do filme EU SOU A LENDA, em inglês I AM LENGEND. É um dos mais famosos na categoria de filmes sobre epidemias. Protagonizado por Will Smith e dirigido por Francis Lawrence com data de lançamento, no Brasil, em 2008. Grande destaque também para a cachorra Samantha e a bela atriz brasileira Alice Braga. A história gira no entorno de um mundo totalmente destruído por uma doença que transforma as pessoas em criaturas parecidas com "VAMPIROS". Sem dúvida é um dos melhores filmes da carreira de Will Smith, muito bem interpretado, com uma história um tanto convincente e bem desenrolada, além de bem produzida e dirigida com atuações convincentes, cenas de ação espetaculares, efeitos visuais de perder de vista e uma excelente dublagem.
Eu Sou a Lenda foi baseado no filme "A ÚLTIMA ESPERANÇA DA TERRA", de 1971, com uma interpretação magnífica do astro Charlton Heston.. Eu Sou a Lenda é baseada em romance de Richard Matheson, pois é muito bem escrita e tem no ator Will Smith uma força impressionante. É ele sozinho que dá credibilidade a trama. As imagens de uma Nova York devastada também são impressionantes. Um terrível vírus incurável, criado pelo homem, dizimou a população de Nova York. Robert Neville (Will Smith) é um cientista brilhante que, sem saber como, tornou-se imune ao vírus. Há 3 anos ele percorre a cidade enviando mensagens de rádio, na esperança de encontrar algum sobrevivente. Robert é sempre acompanhado por vítimas mutantes do vírus, que aguardam o momento certo para atacá-lo. Paralelamente ele realiza testes com seu próprio sangue, buscando encontrar um meio de reverter os efeitos do vírus.
Lançado em 1954, o romance Eu Sou a Lenda, de Richard Matheson, está em sua terceira adaptação para o cinema - e deve ganhar muitas mais no futuro. O motivo são as excelentes ideias contidas na obra, que se relacionam com os temores mais primais da humanidade, que não envelhecem. Essa base é a mesma nos três filmes - Mortos que matam (The Last Man on Earth, 1964), A Última Esperança Sobre a Terra (The Omega Man, 1971) e o atual, Eu Sou a Lenda (I Am Legend, 2008) - todos absolutamente distintos esteticamente e icônicos representantes de suas épocas. Filme preciso, mexe muito com a nossa cabeça e com nossos sentimentos. Um exemplo de coragem e determinação do personagem Robert Neville que fica sozinho em uma cidade em meio ao caos de um "APOCALIPSE" e que mostra como é importante ter uma companhia, no caso o seu cachorro, dando esperança e força para continuar sua luta diária.
O cinéfilo Érico Borgo nos conta que o filme deu certo em razão de ser superlativo e ter figuras como o competente cineasta Francis Lawrence e o astro Will Smith que dá certo justamente ao exercer o poder da maior indústria cinematográfica do planeta. Se o filme EXTERMINÍO tem uma das mais legais cenas de cidade abandonada já feitas, Eu Sou a Lenda tem um filme inteirinho delas - e gravadas na Nova York de verdade, interrompendo as veias da frenética capital do mundo em prol da diversão. Smith está competente como nunca (atenção para a cena com o cachorro no laboratório e as discussões com Ana, vivida pela brasileira Alice Braga), o cineasta sabe direitinho o que faz e o roteiro tem um ritmo diferente do que normalmente se vê por aí. Eu Sou a Lenda é o tipo de filme que costuma fazer sucesso nos cinemas ao misturar o carisma de um ator do porte de Will Smith a caprichados efeitos especiais e um enredo apocalíptico. Na verdade, o diretor Lawrence utiliza-se da ausência de luz e som em alguns momentos para criar o clima claustrofóbico que remete à solidão sentida pelo personagem. Eu Sou a Lenda, em tempos de coronavírus, é um filme de boa valia e vale a pena assisti-lo.
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