Por Altamir Pinheiro
Nascido no dia 9 de outubro de 1940, o compositor fez história como vocalista dos Beatles e, com as letras de suas canções, tentou criar um mundo melhor, sem guerras ou conflitos. Na sua biografia consta que ele é filho de Julia e Alfred Lennon, o pequeno John Winston Lennon nasceu enquanto seu pai, um marinheiro mercante, viajava a trabalho. Com uma criatividade invejável, o menino recebeu seu nome em homenagem ao avô, John, e ao Winston Churchill. Com cabelos compridos e o clássico óculos de armação redonda, John Lennon foi uma figura bastante controversa. Nascido há exatos 80 anos, no dia 9 de outubro de 1940, ele era um símbolo do ativismo pela paz, mas também tinha atitudes questionáveis.
Conforme descreve uma reportagem escrita por Pamela Malva e Alexandre Petillo, o casal afirma categoricamente que não é surpresa dizer, por exemplo, que ele chegou a ser investigado pelo FBI em meados da década de 1970. Isso porque, para o governo norte-americano, John era o roqueiro mais influente do mundo e tinha o objetivo declarado de incitar as massas. Na época, todavia, o serviço secreto chegou à conclusão de que o excesso de drogas teria deixado o músico inofensivo. Ainda assim, os ideais afiados do ex-integrante dos Beatles eram tão repercutidos pela mídia que logo se tornaram o seu atestado de morte. Foi apenas na década de 1960 que John finalmente conheceu o universo do ativismo. Ao lado de Yoko Ono, ele participava de manifestações e fazia questão de demonstrar seus pontos de vista na música — cujas letras ele escrevia junto da namorada.
O estudioso da banda mais famosa do mundo o jornalista Felipe Cruz escreveu o seguinte: depois que os Beatles se separaram, em 1970, John Lennon dedicou os anos seguintes da carreira solo para promover seus ideais pacifistas e de igualdade social. Num terrível golpe do destino, ele foi vítima da violência que combatia, assassinado por um fanático dez anos depois, em frente a sua casa, em Nova York, com quatro tiros nas costas. Se estivesse vivo, Lennon completaria, nessa sexta-feira, 9 de outubro, 80 anos de idade. A força e a atualidade de suas letras, no entanto, sobrevivem. Relembre cinco músicas escritas por ele e que falam de temas que, infelizmente, 40 anos após a sua morte, continuam mais urgentes do que nunca, vejam só!!!
POLÍTICA: Uma das canções de protesto mais famosas de Lennon, Gimme Some Truth, falava das notícias em uma época em que o termo “fake news” não existia. Escrita durante os anos da Guerra do Vietnã e lançada em 1971, ela abre com a frase: “Estou farto de ouvir essas coisas, de hipócritas tensos, míopes e tacanhos. Tudo o que eu quero é a verdade. Apenas me dê um pouco de verdade.
PAZ: Ativista pela paz, John Lennon compôs dois hinos atemporais. O primeiro deles, Give Peace a Chance, foi escrito em 1969 durante seu protesto Bed-ins For Peace. John tinha acabado de se casar com Yoko, em março daquele ano, e aproveitou o interesse da imprensa para falar sobre a paz mundial deitado em um quarto de hotel. A letra simples e direta dizia: “Tudo o que estamos dizendo é para dar uma chance a paz”.
FEMINISMO: Composta por John Lennon e Yoko Ono dois anos após o fim dos Beatles, Woman Is the Nigger of the World causou bastante controvérsia quando foi lançada, em 1972. O casal afirma na letra que a mulher é o negro do mundo, para descrever a subserviência e a misoginia a que as mulheres são submetidas em qualquer lugar.
RELIGIÃO: Em God, mais uma música que causou polêmica, John Lennon tocou no sensível tema da religião, em que descreve Deus como um “conceito pelo qual medimos a nossa dor”. Na letra, ele fala que não acredita em I Ching, Bíblia, Jesus, Tarô, Hitler, Kennedy, Buda, Gita, Ioga, Elvis e até nos Beatles. Para em seguida dizer que acredita apenas nele próprio e Yoko Ono. A faixa traz ainda a famosa frase dita quando os Beatles se separaram: “O sonho acabou”.
John Lennon, fundador e vocalista dos Beatles, teve uma morte trágica em 8 de dezembro de 1980, numa segunda-feira, cerca de 22 horas. O músico foi assassinado por Mark David Chapman quando chegava ao Edifício Dakota, prédio no qual morava em Nova York. Foram 5 tiros, quatro acertaram o astro. O porteiro do edifício Dakota, o cubano Pablo Perdomo que tirou o 38 das mãos de Mark David Champman, o assassino de John Lennon, indagou-lhe: “Você sabe o que você fez?”, “Sim, eu matei John Lennon”, respondeu o sujeito que não tentou fugir da cena do crime. Nem ofereceu resistência aos policiais que lhe deram voz de prisão. O assassino foi condenado e pegou prisão perpétua.
Preso em flagrante, Mark Chapman confessou em depoimento o motivo do assassinato, pois ele era fã dos Beatles e considerava John Lennon um ídolo, mas tudo mudou quando começou a praticar a religião de forma séria. Após a mudança, ele passou a se denominar um "cristão renascido", e passou a odiar as letras dos Beatles, como "God". Na canção de 1970, o astro afirma não acreditar em Jesus ou na Bíblia, e descreve Deus como um conceito. As letras e declarações do músico, como em 1966 quando Lennon disse que Beatles eram mais populares que Jesus, enfureceram Chapman. Em depoimento, o criminoso falou sobre "God":
Nos anos 1980, o Dakota, edifício que morava John Lennon tornou-se um dos POINTS turísticos mais badalados de Nova York. A qualquer hora do dia ou da noite, havia curiosos na porta do edifício querendo ver seus moradores ilustres. O Dakota é um prédio com as paredes revestidas em mogno e chão de mármore, sempre foi o lugar que abrigou astros e estrelas como a atriz Judy Garland, o bailarino Rudolf Nureyev e o casal John Lennon e Yoko Ono, que estavam morando lá desde o ano de 1973. Localizado na esquina da rua 72 com a Central Park West, em Manhattan, o Dakota entrou para a histór5ia como o edifício residencial mais famoso do mundo.
John Lennon era casado com Yoko Ono na época do assassinato. Uma das fotos mais marcantes do casal é uma, na qual o músico aparece nu e abraçado na esposa. A imagem icônica fez muito sucesso, e foi tirada no mesmo dia do assassinato. A fotógrafa Annie Leibovitz fez a imagem no apartamento do casal em 8 de dezembro de 1980, e saiu do local as 15:30, horas antes do assassinato de John Lennon na frente da entrada do prédio.
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